Mais cedo, a PH acompanhou ao vivo o discurso que J.K. Rowling fez na formatura de Harvard. Agora, trazemos a tradução completa do que ela falou.
É um discurso forte, em que ela fala sobre a época em que trabalhou na Anistia, e ela repete – muitas vezes-, que a criatividade é essencial em nossas vidas, para fazermos um mundo melhor.
Além disso, ela rebate as críticas feitas ao seu discurso anteriormente de forma única, como não poderia deixar de ser.
Presidente Faust, membros da Corporação Harvard e do Conselho de Supervisores, pais orgulhosos e, acima de tudo, formandos.
A primeira coisa que eu gostaria de dizer é “obrigada”. Não somente Harvard tem me dado uma honra imensa, mas as semanas de medo e náusea que tenho experienciado pelo simples pensamento de fazer esse discurso me fizeram perder peso. Uma situação em que todos ganham! Agora eu só preciso respirar fundo, olhar para as faixas vermelhas e me convencer que eu estou na maior reunião da Grifinória do mundo.
Fazer um discurso de graduação é uma grande responsabilidade; ou pelo menos era o que eu pensava até que voltei ao passado, até a minha própria formatura. O discurso naquele dia foi feito pela eminente filósofa britânica Baronesa Mary Warnock. Refletir sobre o discurso dela me ajudou – e muito – a escrever este, porque, no fim das contas, eu não consigo lembrar de uma palavra que ela tenha dito. Essa descoberta libertadora me dá o poder de continuar sem medo de ser alguém que possa, inadvertidamente, influenciá-los a abandonar carreiras promissoras em negócios, lei ou política, pelos vertiginosos prazeres de se tornar um bruxo gay.
Viu? Se em anos por vir a única coisa que vocês lembrarem for a piada do “bruxo gay”, eu ainda estarei à frente da Baronesa Mary Warnock. Metas alcançáveis: o primeiro passo para o aperfeiçoamento pessoal.