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Rowling e Anelli discutem relação entre Dumbledore e Grindelwald

Um trecho inédito da entrevista concedida pela autora J.K. Rowling à Melissa Anelli, webmaster do site The Leaky Cauldron e autora do livro Harry e Seus Fãs, foi liberado hoje (03) pela editora Rocco – detentora dos direitos da publicação no Brasil, no blog que promove a edição nacional do livro. O conteúdo deste trecho não entrou na versão final de Harry e Seus Fãs, mas traz algumas reflexões bastante esclarecedoras sobre a relação entre Alvo Dumbledore e Gerardo Grindelwald.

ENTREVISTA DE J. K. ROWLING À MELISSA ANELLI

Dumbledore e Grindelwald

Tradução: Editora Rocco

J.K.Rowling: Eu acho que ele Grindelwald era um usurpador e um narcisista e acho que alguém assim iria usar isso, usaria a paixão. Eu não acho que ele retribuiria dessa forma, embora ele fosse tão deslumbrado por Dumbledore quanto Dumbledore era por ele, porque ele se via em Dumbledore, “Meu Deus, eu nunca soube que havia alguém tão brilhante quanto eu, tão talentoso quanto eu, tão poderoso quanto eu. Juntos, nós somos imbatíveis!”. Então eu acho que ele aceitaria qualquer coisa de Dumbledore para tê-lo ao seu lado.

Melissa Anelli: Isso me lembra “Maligna” (livro de Gregory Maguire). Você já leu Maligna?

JKR: Não.

MA: Maguire reconta antigos contos de fadas e ele fez um livro muito cerebral sobre a Bruxa Malvada do Oeste e Glinda, e de como elas costumavam ser boas amigas.

JKR: É mesmo…

MA: É muito semelhante; ela foi em uma direção para lutar contra a injustiça e luta contra o feiticeiro, e Glinda foi em outra, para ser a figura política e jogar dentro do sistema. Realmente interessante.

JKR: Bem, é a velha ideia do anjo caído em alguns aspectos, não é? É Deus e Lúcifer.

MA: Eu queria lhe perguntar sobre isso, porque Grindelwald se assemelha – os cachos de ouro, a primeira pessoa que eu pensei foi Lúcifer.

JKR: Hum-hum. Então você pode chamar isso de um laço fraterno, mas eu acho que torna tudo mais trágico para Dumbledore. Eu também acho que isso torna Dumbledore um pouco menos culpável. Eu o vejo fundamentalmente como uma pessoa muito intelectual, brilhante e precoce, cuja vida emocional foi, por escolha própria, completamente subjugada pela vida da mente, e aí a sua primeira incursão no mundo das emoções é catastrófica, e acho que isso desorientou para sempre aquela parte da vida dele e a deixou invalidada, e por isso ele veio a ser o que se tornou. É isso que eu vi como o passado de Dumbledore. Foi sempre assim que eu vi o passado dele. E ele guarda uma distância entre ele mesmo e os outros por meio do humor, um certo distanciamento e uma frivolidade no jeito de ser.

Mas ele também é isolado pelo seu cérebro. Ele é isolado pelo fato de que ele sabe tanto, adivinha tanto, adivinha corretamente. Ele tem que jogar suas cartas próximas do peito porque ele não quer que Voldermort saiba o que ele suspeita. É terrível ser Dumbledore, realmente, no final ele deve ter pensado que seria muito melhor partir e apenas torcer para que tudo terminasse bem. [risos].

MA: Porque ele montou esse grande jogo de xadrez.

JKR: Hum, esse grande jogo de xadrez. Mas eu disse a Arthur, meu editor americano – nós tivemos uma conversa interessante durante a edição do livro sete – o momento quando Harry toma a varinha de Draco, e Arthur disse, “Deus, este é o momento em que a propriedade da Varinha Anciã é de fato transferida?”. Eu disse, sim, isso mesmo. Então ele perguntou, “isso não deveria ser um pouco mais dramático?”. E eu falei, não, de forma alguma, é o contrário. Eu disse a Arthur, eu acho que isso realmente coloca o elaborado e grandioso plano de Dumbledore e Voldermort no seu devido lugar. Aquela foi a história do mundo bruxo que dependia de dois adolescentes lutando um contra o outro. Eles não estavam nem mesmo usando magia. Acabou se tornando uma briga feia pela posse das varinhas. E eu realmente gostei disso – aquele momento muito humano, em contraponto àqueles dois bruxos que estavam contorcendo cordas e manipulando e plantando informações, e administrando e guardando informações.

Por fim acabou se resumindo a isso, uma pequena briga e troca de socos na esquina e a empurrar uma varinha para longe.

MA: Isso diz muito sobre o mundo em geral, eu acho, sobre conflitos no mundo, essas coisas pequenas.

JKR: E a diferença que um indivíduo pode fazer. Sempre, a diferença que um indivíduo pode fazer.

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TOP 7: Frases de Alvo Dumbledore em ‘Pedra Filosofal’

Harry Potter e Pedra Filosofal é o livro onde o leitor conhece a maioria das personagens criadas por J.K. Rowling, a “porta de entrada” para o mundo mágico que se desenrola durante os demais seis volumes da série. E é nesse livro que o Diretor de Hogwarts, Alvo Percival Wulfrico Brian Dumbledore – ou apenas Dumbledore, para os mais íntimos como nós – solta as suas frases mais geniais, e algumas ao mesmo tempo sem pé nem cabeça, do que em qualquer outro livro. Nós da Potter Heaven não poderíamos deixar isso passar em branco, e resolvemos fazer um TOP 7 especial com as melhores Frases de Alvo Dumbledore em ‘Harry Potter e a Pedra Filosofal’:

#7: (PF1, pág. 17)

Logo no começo da trama, Dumbledore e a professora Minerva McGonagall esperam por Harry Potter, ainda um bebê, ser trazido por Hagrid, onde será deixado na soleira da porta dos Dursley (Trouxas da pior espécie, segundo ela), a única família que o resta. Quando perguntado sobre quem traria o bebê até eles, Dumbledore comunica que incumbiu o guarda caças desta missão, diante da insegurança da professora, ele diz:

“Eu confiaria a Hagrid minha vida”

#6: (PF17, pág. 252 )

Depois de enfrentar Voldemort, e conseguir impedi-lo de se apoderar da Pedra Filosofal, Harry acorda na Ala Hospitalar, após um período de inconsciência, e em uma conversa amistosa com o Diretor, este o explica o motivo de tantos presentes à cabeceira de sua cama:

“Aquilo que aconteceu nas masmorras entre você e Professor Quirrel é segredo absoluto, por isso, é claro, a escola inteira já sabe.”

#5: (PF1, pág. 15)

Também em uma conversa logo no começo do livro, antes da chegada de Hagrid em sua motocicleta emprestada, trazendo Harry, Minerva conversa com Dumbledore sobre a recente “derrota” de Voldemort. Conversa vai, e conversa vem, ela comenta que Dumbledore “é o único de quem […] Voldemort tem medo”, ele agradece o elogio assim:

“É uma sorte estar escuro. Eu nunca corei assim desde que Madame Pomfrey me disse que gostava dos meus abafadores de orelhas novos.”

#4: (PF6, pág. 109)

No discurso do banquete inaugural do primeiro ano de Harry Potter em Hogwarts, temos uma mensagem um tanto quanto curiosa, levando em conta que o tom destes pronunciamentos foi se tornando cada vez mai sério ao decorrer do tempo. Harry chega até a duvidar da sanidade mental do Diretor.

“- Sejam bem-vindos! – disse. – Sejam bem-vindos para um novo ano em Hogwarts! Antes de começarmos nosso banquete, eu gostaria de dizer umas palavrinhas: Pateta! Chorão! Desbocado! Beliscão! Obrigado.”

#3: (PF17, pág. 253 e 254)

Da conversa que tem com Harry, logo que ele acorda na Ala Hospitalar, temos também uma outra frase que merece destaque em nossa lista. Quando Dumbledore comenta a decisão conjunta entre ele e Nicolau Flamel de destruir a Pedra Filosofal, Harry se assusta com a decisão, uma vez que ela significa que Flamel morrerá depois de tantos anos, o Diretor então nos fala o seguinte:

“Afinal, para a mente bem estruturada, a morte é apenas a grande aventura seguinte.”

#2: (PF17, pág. 254)

Ainda na mesma conversa, quando Harry mostra a vontade de fazer mais algumas perguntas, sobre “coisas que gostaria de saber a verdade”, Dumbledore nos mostra mais um pouco de sua sabedoria:

“A verdade é uma coisa bela e terrível, e portanto deve ser tratada com grande cautela.”

#1: (PF12, pág. 185)

A nossa frase campeã vem de um encontro entre Dumbledore e Harry – de onde aparentemente surgem as frases mais profundas. Nosso protagonista visita, mais uma vez, a sala onde está escondido o espelho de Ojesed. Em reflexões intensas sobre realidade e sonhos, Dumbledore nos aconselha:

“Não faz bem viver sonhando e se esquecer de viver, lembre-se.”

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Caldo de Erumpente Colunas J. K. Rowling

[COLUNA] O lapso homofóbico de Rowling

A vida e a história de Alvo Dumbledore foram, durante muito tempo, um mistério ainda mais profundo para os fãs da saga. O próprio Harry Potter não teve contato pessoal suficiente com o diretor (em vida) para conhecer dele as histórias da juventude, dramas de família, sonhos, frustrações. As perguntas pessoais dirigidas a Alvo sempre retornavam com respostas pouco prováveis (quem não lembra das meias grossas com que Dumby sonhava no espelho de Ojesed?). Quando finalmente temos contato com a história pessoal desse grande bruxo, enxergamos nele traços de fragilidade humana, outrora tão distantes de sua figura forte e protetora. E é a humanidade de Dumby que está em pauta na coluna de hoje. Discutiremos mais profundamente a maneira como a Rowling trata sua sexualidade.

Mais rumores e confirmações em Relíquias da Morte!

Pois é, a semana mal começou e um rumor e uma confirmação estão rondando as gravações do fime Harry Potter e as Relíquias da Morte.

O ator Rod Hunt (foto em preto e branco), voltar’a a interpretar o comensal da morte Thorfinn Rowle. Hunt trabalhou em Enigma do Príncipe.

Estão dizendo por aí também que Ariana e Alvo Dumbledore (quando jovem) vão aparecer em RdM. Eles poderão ser interpretados por Hebe Beardsall (Ariana) e Toby Finn Regboum (Alvo), que pode ser visto na foto colorida.

Detalhe: as filmagens  na floresta Swinley começarão no dia 10 de junho.