A revista TIME publicou nesta quarta-feira a sua lista anual das “Pessoas do Ano”. Como era de se esperar, JK figurou na classificação, ficando em terceiro lugar, atrás de Al Gore e Vladimir Putin (1º lugar). Segue abaixo alguns destaques da entrevista dada pela autora à revista (para ler toda a entrevista, em inglês, clique aqui):
Foi no fim de um longo dia de janeiro quando a última página do último capítulo foi concluída. Rowling estava terminando de colocar os números das páginas, sozinha em sua suíte no Balmoral Hotel, sentindo o que ela chamou de “euforia pelo fim de um épico”. Ela então dançou um pouco pelo quarto, e sentindo um desejo de destruição, pegou sua caneta e escreveu na base de um busto de Hermes que havia perto da janela: “J.K. Rowling terminou de escrever Harry Potter e as Relíquias da Morte neste quarto (552) em 11 de janeiro de 2007”.
Assim que suas histórias ganharam fama, elas foram criticadas por religiosos fundamentalistas dos E.U.A. até a Rússia. O Papa chegou a alertar sobre as “sutis seduções” que poderiam “distorcer o Cristianismo nas almas”. (…) Rowling não discutiu. Ela temia que falar sobre a sua fé deixaria claro quem iria morrer, quem iria viver e quem poderia vir a fazer ambos. Depois de seis livros sem mencionar Deus ou as Escrituras, no último livro, Harry descobre nos túmulos de seus pais um verso da Bíblia que, Rowling diz, é o lema da série toda. É uma passagem de Corinthians I no qual Paulo fala sobre a ressurreição de Jesus: “O último inimigo que deve ser destruído é a morte”.
O final, naturalmente, foi a parte mais controversa do livro. Teria sido mais simples ter matado Harry. “Eu sempre soube disso”, diz ela, mas esse nunca foi seu plano. Para ela, a coisa mais nobre, a real coragem é se reconstruir após um trauma. Alguns fãs ficaram desapontados que no final de suas aventuras, a grande preocupação de Harry era se seu filho iria se ajustar em Hogwarts. “Foi um final (…) perfeito, porque é isso que acontece com nossos heróis. Nós somos humanos e eu sempre disse que ‘o amor é a principal força’, então eu quis mostrar o amor dele”.
“Houve momentos desde o fim, momentos de fraqueza, eu que eu disse, ‘está bem, que venha o oitavo livro’”. Mas ela acredita que não fazê-lo é a melhor decisão. Ela está trabalhando em dois projetos agora: uma história adulta e um “conto-de-fadas político”. “Se – e este é um ‘se’ grande – eu escrever algum dia um oitavo livro sobre o mundo bruxo, eu duvido que Harry seja o personagem central,” ela diz. “Eu sinto que já contei a história dele. Mas este é um ‘se’ grande. Vamos esperar uns dez anos para ver como fica.” É bem claro como o público ficaria, mas vamos ter que esperar e nos preparar para sermos surpreendidos.
JK também apareceu na lista das “Mulheres mais influentes de 2007” do MSN (artigo completo, em inglês, aqui):
Este ano é o último em que alguém poderá desfrutar de um novo livro de Harry Potter. O mundo mágico de Rowling não só influenciou culturas modernas como lançou fundo suas raízes nelas, desde novas palavras (“trouxas”) e novas bebidas (alguns até tentam imitar a cerveija amanteigada) a uma nova geração de crianças que (engasga) lê por prazer.