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O que aconteceu nesse fim de semana?

Imagine um campo de baseball enorme em um parque no meio da cidade de Nova Iorque. É Novembro, mas o inverno ainda não chegou: temos um céu lindo e um dia ensolarado. Agora suponha que, dentro desse campo, um grupo altamente organizado desenhe quatro elipses na grama e posicione sete pessoas em cada lado de cada elipse. Todas as pessoas têm vassouras em suas mãos.

E usá-las para varrer o chão é a idéia mais absurda que elas poderiam ouvir.

Isso é quadribol. Bem-vindo à Copa Mundial.

Nos dias 13 e 14 de novembro – fim de semana passado – aconteceu a IV Copa Mundial de Quadribol, promovida pela Associação Internacional de Quadribol. O local escolhido foi o parque DeWitt Clinton, na Big Apple.

46 times participaram da Copa, com seus 757 jogadores. Foram 93 partidas.

Na classificação final, o 4o lugar foi ocupado pela Universidade de Vassar, os “Butterbeer Broooers” (algo como “Vassoooureiros da Cerveja Amanteigada”, com o exageiro de “o” de propósito). Esse time tem uma longa história no quadribol – a mais longa da IQA, junto com Middlebury. Foram as duas universidades que levaram o esporte ao nível intercolegial.

A 3a colocação foi da Universidade de Pittsburgh. Na III Copa Mundial de Quadribol, em 2009, “Pitt” ficou em 4o lugar, então é notável que eles têm um excelente time. Já era comentado, desde o ano passado, que o objetivo deles para esse ano era exatamente elevar a posição no rank geral da Copa. E isso eles fizeram, com certeza.

Em 2o ficou a Universidade de Tufts, cujo time de quadribol adotou o nome Tufflepuffs (trocadilho com Hufflepuff, nome original da casa de Hogwarts Lufa-Lufa).

E em 1o lugar, como de costume, pela quarta vez na história das Copas, o time que esteve presente no mundo quadribolístico desde a era intramural, desde antes da IQA, desde o berço da adaptação trouxa desse esporte mágico… Middlebury! Foi lá que o quadribol surgiu, dentro do campus, entre equipes da mesma faculdade. Os caras estão invictos desde aorigem da Copa Mundial. Destroná-los seria um título muito maior do que 1 ou 2 vezes campeão mundial.

A primeira partida intercolegial, em novembro de 2007, foi Middlebury X Vassar. Middlebury venceu. Os dois grupos se encontraram novamente nas semifinais da Copa de 2010 – um jogo espetacular que remeteu, sem dúvida, ao princípio.

Foi algo como… Godric Gryffindor e Salazar Slytherin “duelando”, como se estivessem presentes, vivos, através de seus herdeiros (reencarnações?), Harry Potter e Tom Riddle/Voldemort.

Middlebury venceu novamente: a partida durou 10 minutos e 20 segundos e o placar foi 60-0. Middlebury marcou três gols e capturou o Pomo. Apesar de não ter feito nenhum gol nessa partida, Vassar demonstrou uma habilidade incrível em muitos outros jogos; não foi por acaso que ficou em 4o lugar entre 46 candidatos.

Há muitas fotos e vídeos online. A IQA transmitiu os jogos ao vivo, e depois o site de notícias da NYU elaborou uma resenha detalhada com cada arremesso da Goles (posição no campo e tempo de partida!), cada gol marcado, cada falta, tempo de posse… Tudo completo. Veja aqui.

Com quatro campos, foi bem mais rápido do que poderia demorar, então a Copa durou apenas dois dias – e isso já estava previsto. No primeiro dia, após os jogos, houve um show da banda Harry and the Potters, com músicas inspiradas na série.

O autor deste artigo esteve entrevistando com alguns dos times – Butterbeer Broooers, Badassilisks e Del Val (Delaware Valley), na maior parte do tempo – após a Copa. Eles são todos extremamente simpáticos, valorizam a honra do esporte e se orgulham de jogar limpo. Ainda enfatizaram que a maioria dos times age da mesma forma, e que há poucos jogadores em uma ou outra equipe que deixam o respeito de lado e estragam a diversão.

Os Badassilisks (trocadilho de “bad ass”, cara mau/machão, com “Basilisk”, “Basilisco”), de NY, nos convidaram para a Copa ou qualquer jogo casual. É claro que foi uma brincadeira, mas uma brincadeira carinhosa, certamente. Até nos recomendaram técnicas de propaganda, e em breve aplicaremos algumas delas.

O Brasil ainda não tem nenhum representante nas Copas. Vamos mudar isso, caro leitor? Há uma equipe carioca em formação, chamada Rio Ravens. Estamos tentando agrupar pessoas de outras cidades em times locais também.

Temos uma conta no Twitter (@RioRavens) e um site no WordPress.

A proposta é a seguinte:

Se você mora no Rio de Janeiro (ou perto o suficiente para comparecer aos treinos semanais), seja bem-vindo(a) ao time! Não há taxa de inscrição ou permanência, não há impedimento por idade, nem nada disso.

Se você mora mais longe, mas tem interesse em participar do quadribol, entre em contato do mesmo jeito, porque nós estamos organizando as pessoas que o fazem. Assim, com um centro de coordenação das informações, fica mais fácil juntar pessoas que moram perto e têm a mesma paixão pelo esporte dos bruxos.

Venha nos conhecer no evento aberto que estamos promovendo, dia 28/11, no Jardim Guanabara. Os detalhes sobre este encontro e os meios de participar do movimento quadribolístico nacional estão disponíveis no site.

Contamos com você para tornar o quadribol popular no nosso país! Você quer ou não quer ver os seus filhos comprando chaveiros de Pomos nas tabacarias e jogando aquela “pelada” de quadribol na pracinha perto de casa?

Há algumas surpresas quadribolísticas vindo aí na Potter Heaven. Aguarde. ;)

Leia mais sobre o Quadribol trouxa.

Por Vinícius Mascarenhas

, 19 anos, estuda Ciência da Computação na Universidade do Estado do Rio de Janeiro. É capitão do Rio Ravens e representante oficial da IQA (Associação Internacional de Quadribol) no Brasil.

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