Categorias
Filmes Harry Potter e o Enigma do Príncipe Potter Heaven

Crítica por Pedro Henrique em Enigma do Príncipe

Esperamos todos ansiosos pela estréia do sexto filme da série, marcada inicialmente para novembro de 2008. Quando recebemos a notícia de que seria adiado, o mundo desabou para muitos, na verdade para a grande maioria, inclusive para mim.

Desde o início da divulgação (tardia, podemos dizer), eu estive sem esperanças de conferir um bom filme, pois quando saíram os primeiros trailers, eu já pensava em como o filme não superaria as expectativas. Achei difícil de conseguirmos um roteiro melhor do que o da Ordem da Fênix, de Michael Goldenberg. Eis que chega o dia da pré-estréia, dia 14 de julho, onde os cinemas estão completamente lotados, todos esperando bastante tempo pelo filme, ansiosos, podemos conferir um espetáculo que, com o adiamento, nos deixou mais ansiosos ainda. Contém Spoiler. Confiram a crítica que fiz do filme a seguir.

Sem trailers (pelo menos na pré-estréia, tradicional sessão da meia-noite), aparece a marca da Warner Bros., caracterizada de forma sombria, numa atmosfera quase gótica, seguindo o estilo do quinto filme da série, Ordem da Fênix. Nos deparamos com uma cena que ninguém imaginava que estaria ao início do filme e que faz uma ligação concisa com o passado, a profecia e o quinto filme da série, logo apos à batalha no ministério, onde vemos Harry e Dumbledore pela perspectiva dos holofotes do Profeta Diário, uma cena que não só ligou os dois filmes, mas também deu uma certa menção ao que veríamos a seguir. Foi uma cena extremamente arrepiante e bem feita, seguida da logo de Harry Potter e o Enigma do Príncipe onde todo o cinema foi à loucura e a imagem seguindo os moldes sombrios e de cores escuras como a marca da Warner. A seguir, conferimos uma das cenas mais aguardadas pelos fãs, a do ataque à ponte Milenium, onde os comensais estão aterrorizando o mundo dos trouxas.  Depois disso, exceto pela cena onde Harry aguarda por Dumbledore no metrô, o filme segue certa fidelidade em alguns pontos como diálogos idênticos aos dos livros, a recruta do professor Slughorn, o voto perpétuo, que diga-se de passagem, foi uma das cenas mais legais de se assistir, na minha opinião;  não só porque ficou um tanto fiel, mas sim porque nos deu de presente a atuação de Helena Bonham Carter e Alan Rickman juntos – não incluo Helen McCrory porque sua representação de Narcisa foi inexpressiva, com o pouquíssimo tempo de tela.

Durante esse percurso do filme, podemos perceber como a comédia romântica teve seu sub-enredo bem elaborado em meio a dramas, descobertas e um pouco de quadribol! Sim, um bom quadribol para alegrar os ânimos em meio ao clima sombrio proposto em sua duração e sim, deu realmente muito certo. Nesses momentos mais descontraídos, conseguimos perceber que todos melhoraram suas atuações, onde o destaque fica pelas cenas de Rony sob efeito da poção do amor, Harry sob o efeito da poção Felix Felicis e até Hermione com suas tiradas e crises de ciúmes, em constante guerra com a personagem de Lilá Brown, que diga-se de passagem, se tornou uma personagem bem mais divertida nas telas de cinema do que no livro, com sua paixão quase que obsessiva por Rony. E para adicionar mais a isso, temos a Luna Lovegood, que em suas poucas cenas, conseguiu impressionar novamente com sua atuação perfeita e fiel à personagem que vemos nos livros.

Podemos dizer que  ao mesmo tempo que o filme foi fiel, ele não foi, pois houveram muitas alterações se comparado com o livro. Finalmente conferimos a cena da Toca pegando fogo, onde Bellatrix e Fenrir invadem o lar da família Weasley para provocar a ira de Harry e da Ordem da Fênix. Uma cena fantástica!, eletrizante e muito, muito bem feita, mas que NADA, repito, NADA acrescentou ao enredo do filme. Foi uma sequência que não obteve propósito, apesar de bem construída, não houve nenhuma menção a ela nem nos minutos seguintes, nem no final do filme.

Sobre as cenas que eram esperadas pelos fãs, como a cena da caverna, que conseguiram adequar maravilhosamente bem a trilha sonora composta por Nicholas Hooper ao clima daquela cena em especial, onde temos aí, mais uma cena que ficou quase completamente fiel ao livro.  Mais  uma vez fomos pegos de surpresa pelos dois atores que os fãs menos esperavam uma atuação, que eu diria, belíssima. O ator Michael Gambon finalmente se acentuou como Dumbledore e Daniel Radcliffe, como Harry. Talvez  o primeiro possa tê-lo feito um pouco tarde e o segundo, ainda tem dois filmes para tirar a imagem que o público sempre teve dele, de um ator inexpressivo e artificial. E então, chegando ao final do filme, vimos a cena da morte do Dumbledore, quase perfeita em sua composição, onde aí destaco mais uma vez entre tantas, a presença e a atuação de Alan Rickman como Snape. Foi justamente como eu havia imaginado em todas as vezes que li e reli o Enigma do Príncipe, desde quando Dumbledore e Draco conversam em um clima tenso, até o Avada Kedavra. Depois vemos que Hogwarts caiu, os comensais fogem e a escola já não é o lugar mais seguro, pois junto com ela, caiu Dumbledore e todas as esperanças de vê-lo novamente.

Mesmo que tenha feito falta, temos que admitir que o velório de Dumbledore foi brilhantemente substituído pelo Adeus a Dumbledore, 1 minuto de silêncio em memória do personagem, onde todos da escola levantam suas varinhas  e Harry chora sobre seu corpo.

Trilha sonora impecável, menções aos filmes anteriores, atuações impressionantes, tanto do ator Tom Felton quanto à nova adição ao elenco de Jim Broadbent e fotografia digna de Oscar.

Como muitas criticas disseram, há o que odiar e o que amar, há o que foi fiel e o que não foi, mas mesmo com todas as alterações, podemos perceber que elas foram, em algum sentido, significativas e relativamente importantes. Esse é sim, o filme mais versátil da série até agora e também nos dá um sentimento de que a melhor batalha começa agora, onde ele serve de prelúdio aos dois últimos filmes. Atire a primeira pedra quem não saiu do cinema desejando assistir Relíquias da Morte. Apesar de alguns desapontamentos que tive, eu recomendo. É um ótimo filme e captou de uma forma sintética a essência do livro.

crítica por Pedro Henrique, repórter da Potter Heaven.

Por Pedro Henrique

é repórter da PH, fã número 02 da série (a n. 1 é a mariana :D), chosencaster, cinéfilo, adora ler, adora edição de video e imagens e adora séries de TV.

9 respostas em “Crítica por Pedro Henrique em Enigma do Príncipe

concordo com você com relação a qualidade de produção e a fidelidade de muitas cenas, mas não podemos deixar de nos desapontarmos com a falta de cenas emocionantes e importantes do livro que são a batalha em Hogwarts e o enterro de Dumbledore que é de longe muito mais emocionante do que a cena da varinhas.
espero como muitos amigos meus fãs da série uma maior fidelidade e menos cortes nos roteiros do sétimo e oitavo filme, já que irão fazer o último livro em duas partes…

Eu concordo em boa parte também, porém eu sai da sala de cinema como muitos outros também sairam, sentindo falta de detalhes que não foram tranformados em filme, pequenos porém importantíssimos. Do tipo uma menção ao casamento de Gui e Fleur, e do fato de Greyback o morder, com certeza essas partes teriam enriquecido muito o filme. E também onde estava a grande luta que deveria acontecer entre os comensais e os alunos antes do assassinato de Dumbledore? E a emoção que eu senti em todos os outros filmes nas cenas de quadribol, sinceramente não ocorreu neste. Eu achei que o filme ficou mais como uma simples comédia romantica, onde os personagens demonstraram um lado alegre e risonho que nunca tinha sido visto, parecia até Daniel, Emma e Rupert ali, e não Harry, Hermione e Ron.
Enfim, achei o filme brilhante e feito com uma excelência magnífica, mas honestamente espero bem mais das próximas filmagens.
:D

Concordo com a crítica em vários aspectos, mas a cena da Toca foi sim mencionada no filme após ter sido ocorrida, logo após a brilhante cena, Hermione dá um puxão de orelha em Harry e a escola fica com aquele ar de quem será o próximo!
PS: QUE O PRÓXIMO FILME TENHA UMA GRANDE DIVULGAÇÃO E QUE OS CINEMAS SEVERIANO RIBEIRO SE ORGANIZEM MAIS!! A ESTRÉIADA MEIA NOITE NO PARK SHOPPING ESTAVA UMA CONFUSÃO QUE PARECIA UMA FILA DO SUS, O CINEMA DO SHOPPING TRATOU OS ESPECTADORES COM TOTAL DESCASO, TROCOU A SALA E NÃO DAVA INFORMAÇÃO CERTA AOS CINÉFILOS DE PLANTÃO, A FILA ESTAVA DESORGANIZADA E NÃO TINHA NENHUMA PROGRAMAÇÃO ESPECIAL PARA ENTRETER OS FANS!!!
:)

Henrique Bianna, concordo plenamente contigo, mas se eu citasse meus desapontamentos ia aumentar a crítica e preferi não falar, mas foram poucos em vista do que os anteriores causaram.

Eu sinto falta do Hagrid, e das atuações mais marcantes de todos os atores. Ao meu ver todos eles, incluindo o próprio Harry, tiveram uma atuação um pouco apagada, pareciam até coadjuvantes. Não por culpa deles, e sim por causa do enredo do filme q é muito superficial.
Pensando como epectador do filme, sem levar em conta o livro, foi um filme exelente q mexeu com as emoções de quem o assistiu, porém como leitor e amante da série, digo que ficaram nos devendo alguma coisa. Saí do cinema sentindo que não estava completo.
Outra coisa que eu esperava era o beijo da Gina e do Harry, foi bem infantil. O beijo que ela dá no Dino quando eles estão no Três Vassouras foi mil vezes melhor.
No geral foi um bom filme.

Eu sinto falta do Hagrid, e das atuações mais marcantes de todos os atores. Ao meu ver todos eles, incluindo o próprio Harry, tiveram uma atuação um pouco apagada, pareciam até coadjuvantes. Não por culpa deles, e sim por causa do enredo do filme q é muito superficial.
Pensando como epectador do filme, sem levar em conta o livro, foi um filme exelente q mexeu com as emoções de quem o assistiu, porém como leitor e amante da série, digo que ficaram nos devendo alguma coisa. Saí do cinema sentindo que não estava completo.
Outra coisa que eu esperava era o beijo da Gina e do Harry, foi bem infantil. O beijo que ela dá no Dino quando eles estão no Três Vassouras foi mil vezes melhor.
No geral foi um bom filme.

Quando o trio conversa no final, porque Rony está distante? Será que já é pra demonstrar que ele vai estar distante a partir de agora, que ele está indo com o Harry um pouco meio “arrastado”? É o que pareceu. E li em algum lugar que a Gina estava nessa cena, mas ela foi editada.

No geral, parece que o filme não prepara o espectador para o sétimo filme. Pouco é falado sobre as horcruxes e sobre Voldemort. Dumbledore não fala que as horcruxes do anel e do diário foram destruídas. Os diálogos são rasos e rápidos, algumas cenas deveriam ter mais profundidade dramática – no entanto, a profundidade estética está lá. Hogwarts é bem mais sombria nesse filme.

Enfim, eu estava esperando muito do filme, até por ter lido o livro há menos de um mês, e me decepcionei um pouco, acho que saí do 5º filme mais satisfeito do que saí desse. A dica é: só reler o livro DEPOIS de ter visto o filme

No geral, Harry Potter e o Enigma do Príncipe é bom. Não é excelente. Acho que faltou ritmo, em um dado momento achei as coisas meio paradas. Faltou o tom de urgência e caos. Não souberam separar o lado romance com o lado “o-fim-do-mundo-está-chegando”.

Gostei MUITO da atuação do trio. A cena da Felix Felicis revelou o Daniel Radcliffe, muito bom. Rupert Grint também arrasou na cena em que está enfeitiçado. E finalmente vemos o lado humano e apaixonado de Hermione (Emma Watson). Isso sem mencionar as excelentes atuações de Alan Rickman, Jim Broadbent, Helena Bonhan Carter e Michael Gambon. Os gêmeos Weasley aparecem bem pouco, afinal eles não estão mais em Hogwarts esse ano, mas a loja deles é o máximo!

No entanto, algumas coisas me incomodaram. A primeira tem a ver com relação Harry e Gina. No filme, ela quem tem a iniciativa, em um beijo tão morno que faz o beijo com Cho Chang parecer uma pegação louca. No livro, é Harry quem beija Gina loucamente, na frente de todos.

Os comentários estão desativados.