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[COLUNA] Fato número 5: Sirius Black, estrela e cão guia de Harry

Sirius Black. Preso em Azkaban por anos. Fugiu e amendrontou o mundo bruxo por supostamente ser um assassino implacável, servo de Voldemort. O terceiro ano de Harry no castelo de Hogwarts foi realmente muito revelador… E há outros fatos a serem revelados, àqueles mais curiosos, acerca de Sirius Black.

Não me refiro a revelações bombásticas dentro da história (Rowling tratou de fazer isso, ao final do livro, com um ótimo domínio da narrativa sobre viagens no tempo e tramas paralelas, que em outras mãos certamente seriam extremamente confusas e enfadonhas), mas sim fora, como sempre faço.

Sirius, padrinho outrora desconhecido de Harry, tinha a peculiar habilidade de ser animago, transformando-se em um enorme cão negro. Mas porque um cão negro?

Sirius pode ter recebido seu nome de uma estrela, de mesmo nome, considerada a de brilho mais intenso no céu noturno. A estrela Sirius pertence à constelação Cão Maior. Essa pode ser a razão pela qual Sirius Black se transforme em um cão negro (seu sobrenome, Black, significa “negro, preto” em inglês).

A estrela Sirius tinha considerável significado para o mundo mágico. Representava, por exemplo, a deusa Ísis, uma das mais importantes para religião e filosofia Egípcia (berço da magia no mundo). Além de ser a estrela que marcava as idas e vindas das estações do ano. No verão, ela nasce um pouco antes do sol. Talvez por isso os antigos chamassem dias quentes como “dias de cão”. Hoje sabe-se que trata-se de duas estrelas, no que se chama sistema binário, onde uma estrela orbita a outra. A de brilho mais intenso é chamada Sirius A, a outra, menor, é Sirius B. Entretanto, Sirius B é uma anã branca, o que significa que um dia fora maior que Sirius A.

Sirius tinha outro nome – Almofadinhas. Em inglês, o nome é padfoot. Cães negros mágicos são avistados por toda Europa e Estados Unidos há anos. Eles recebem nomes como Black ShuckShucky Dog ou Shung Monster. No entanto, todos seguem a origem primeira do nome anglo-saxão que é scucca, que significa “demônio”. O fato mais curioso é que os habitantes da cidade Inglesa de Staffordshire chamam esse cão exatamente de padfoot.

Testemunhas oculares avistam esses enormes cães negros ao lado de viajantes solitários, vagando por aí a esmo ou de guarda no terreno de uma igreja ou cemitério. A característica marcante é o jeito sorrateiro de aparecer e desaparecer, praticamente sem ser notado. Às vezes com olhos flamejantes e até mesmo sem cabeça. Diz-se ainda que a forma de um cão negro é a preferida do diabo, por isso grandes cães negros mexem com o íntimo de muitas pessoas. Talvez por isso também sejam tidos como aviso de mal agouro. Assim como previsto por Trelawney, ao ver no fundo da xícara de chá o Sinistro (nome este também muito usado).

Entretanto para Harry, Sirius Black não era ameaça. Muito pelo contrário, era a ligação mais forte que ele tinha com seus falecidos pais. Mesmo depois de morto, a significação de Sirius não morreu, já que por herança, Harry recebeu tudo que lhe havia pertencido.

A força do simbolismo de Sirius Black é muitíssimo forte, dentro e fora da história, como tentei demonstrar, e poderia ser esse o propósito de J.K. Rowling ao montar personagem tão marcante para a vida de nosso querido herói.