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Daniel Radcliffe

Entrevista com Daniel Radcliffe

Conversando com Daniel Radcliffe

Paste Magazine ~ James Ford

Paste conversou com Daniel Radcliffe, a estrela principal da franquia Harry Potter, semana passada em Londres. O garoto de 19 anos (faz 20 semana que vem) discutiu sua poesia, a necessidade de aceitar riscos enquanto atua e sobre o que ele está fazendo com a grana que ganhou com a franquia cinematográfica mais bem sucedida da história.

Paste: Você falou bastante recentemente sobre ter sido provocado quando estava na escola, Daniel.

Daniel Radcliffe: Sim, porque é um assunto com o qual eu me preocupo bastante. Mas comigo a provocação nunca chegou aos ‘finalmentes’, como ser cutucado ou sofrer uma agressão direta. Nunca cheguei em casa com cortes e hematomas e cicatrizes como algumas crianças desafortunadas.
Só um pouco… humilhado, acho. Zoado. E tinha tudo a ver com ’ser Harry Potter’ e outros colegas que não eram capazes de conviver com isso. Acho que muitos jovens atores que obtem algum tipo de proeminência sofrem mais ou menos assim. Eu simplesmente ignorei e segui adiante. Ajuda o fato de que eu passava muito tempo fora da escola (que os valentões claramente não gostam) e tinha um tutor nos sets de filmagem na maior parte do tempo. Então eu tinha uma enorme liberdade – do ponto de vista deles – e qualquer um que não estivesse de acordo com suas mentes minúsculas merecia ser um alvo. Tudo muito bobo, na verdade.

Paste: Você teve um grande sucesso com a peça Equus, tanto no West End como na Broadway.
Radcliffe: Sabe o que mais? Aquela peça me deu o gosto por quebrar as amarras e fazer algo um pouco diferente. Descobri que, quando se está atuando, a melhor qualidade que se pode ter é a ausência de medo – é isso que devemos almejar. A pessoa deve desejar tentar de tudo. Pode falhar, mas ao menos fez a tentativa. É isso que eu aspiro. Pode-se aprender tanto com o fracasso quanto com o sucesso – ou melhor, deveria, se a pessoa tiver pelo menos um pouco de senso comum. Lembro que Alan [Rickman] foi ver Equus na Broadway, e me deu um monte de orientações que eu apreciei muito… Ele é um ator que eu admiro, e que está sempre tentando coisas novas e ousadas.

Paste: Mais algum colega de Harry Potter serve como inspiração para você?
Radcliffe: Michael Gambon, que é o mais profissional e mais respeitado ator com quem já trabalhei – e eu disse isso a ele pessoalmente. Michael simplesmente me levanta. Ele ri muito e é uma inspiração. E quando a pessoa ri muito, ele simplesmente vai lá e faz uma incrível performance. Seu personagem, Professor Dumbledore, morre no Enigma do Príncipe, e eu tive que fazer uma cena lamentando sobre seu corpo. Eu realmente busquei todas as paradas que expressam a emoção, e após a quarta tomada, olhei para baixo e Michael estava lá – ele estava
apagado, e tive que cutucá-lo para que acordasse. Impressionante!

Paste: Harry Potter tem um monte de garotas realmente agitadas, por todo o mundo…
Radcliffe: Eu nunca, jamais, me canso de achar isso muito estranho. No Japão, elas gritam e berram o tempo todo quando apareço pessoalmente, e eu fico honestamente me perguntando o porquê. Eu meio que já me acostumei com isso quando estou no tapete vermelho para alguma estréia ou algo assim, mas ainda penso lá dentro, “Por que eu?” Posso te dizer que o Daniel Radcliffe que faz todas essas entrevistas com a imprensa e todas as estréias é um cara bem diferente daquele que você encontra em casa no meu flat, usando uma camiseta e cueca, comendo pipoca e assistindo criquet pela televisão com as cortinas baixadas. Esse sou eu. E não é uma imagem muito interessante, é?

Paste: Um de seus colegas, o jovem Robin Knox, foi morto a facadas antes do lançamento do filme.
Radcliffe: Sim. Não posso fingir que Rob fosse um grande amigo meu, ou que eu realmente o conhecesse muito bem, mas diria que ele era um grande raio de sol em todos os grupos que entrava. Todos que o conheciam gostavam dele. E então ele foi esfaqueado em um ataque covarde e morreu. O tempo que estive em contato com ele, gostei muito.
Sua morte lança uma grande sombra. Que desperdício tão trágico e estúpido.

Paste: Dos Harry Potters que você fez até agora, seu favorito é…?
Radcliffe: O quinto – por duas razões. A primeira é que Gary Oldman estava lá, e eu adoro o trabalho daquele homem, e a segunda é que não havia a droga do quadribol. É uma verdadeira tortura ter que fazer os jogos de quadribol. É mais do que um pouco de desconforto – é dor! Gary, graças a Deus, se tornou um ótimo colega, e um tipo de mentor. Ele é um cara com uma cabeça incrivelmente sã sobre seus ombros.

Paste: Quem mais você admira?
Radcliffe: Kenneth Branagh, ele é um grande camarada. Ele foi o primeiro a sugerir que eu fizesse Equus.

Paste: Se você tivesse que estar em algum outro lugar hoje, onde estaria?

Radcliffe: Em uma ótima partida de criquet. Eu e Tom Felton, que faz Malfoy, meu inimigo jurado nos filmes, somos realmente grandes amigos, e adoraria estar em algum lugar com ele assistindo algum grande jogo.
O único problema é que somos reconhecidos o tempo todo… Tom teve seu cabelo clareado pelos últimos anos para seu personagem, e isso realmente o destaca. Ao menos eu posso tirar os óculos de Harry quando estou fora do set.

Paste: Como foi, ou é, sua carreira escolar?
Radcliffe: Ok. Tive alguns GCSEs razoáveis – sete Bs, alguns As e um A*, o que é bom. Mas não estou indo para a faculdade, não é isso que quero fazer. Quero seguir a carreira de ator.

Paste: O que vem agora?
Radcliffe: Há alguns projetos na panela, mas o que estou realmente interessado se baseia na história real do foto jornalista Dan Eldon, que tinha apenas 22 anos quando foi morto por uma multidão furiosa na Somália. Um cara realmente heróico. Estamos esperando sinal verde para fazer, e tudo depende dos fundos que queremos.

Paste: Você também é um tipo de poeta.
Radcliffe: Eu escrevo versos, sim. Não sei se são bons. Aparecem em algumas revistas, um deles é chamado Rubbish: It’s What Everyone’s Talking [N.T.: “Bobagem: é o que todos dizem”]. Não escrevi com meu próprio nome, isso seria meio assustador. Publiquei uma tiragem privada e dei uma cópia a Michael [Gambon], e ele foi muito gentil com seus comentários. É apenas uma outra forma de expressão pessoal, não é? Uma linha extra de criatividade. Não acho que eu poderia, jamais, nem em um milhão de anos, escrever uma novela ou uma peça, mas um poema ou conto, eles estão (eu espero) em meus planos. É legal escrever suas próprias palavras, mais do que falar as de outra pessoa, certo?

Paste: Onde você mora agora?
Radcliffe: Em um flat em Fulhgam [um distrito de Londres], perto da casa de meus pais. Eu o mantenho razoavelmente arrumado, e já estou lá há, oh, quase dois anos. Apesar disso, ainda levo a roupa para lavar na minha mãe, de vez em quando.

Paste: Vamos lá, honestamente… O que você tem feito com os ganhos dos filmes de Harry Potter, já que não tem um carro e não dirige?
Radcliffe: Investimentos inteligentes (espero), o flat e um quadro muito interessante de Jim Hodges, um intrigante artista de Nova Iorque que eu adoro. Há um pouco de caligrafia no meio, onde está escrito ‘Oh por chorar em voz alta!’, o que é algo que minha mãe fala muito. É isso que mais me atraiu. É a conexão.

Paste: Se você não estivesse atuando, estaria…?
Radcliffe: Lendo. Qualquer coisa. Amo livros.

Por Mione WoOd

é a criadora da Potter Heaven e fanática de carteirinha. Brasiliense formada em Design Gráfico, é absolutamente tarada pelo Ron e culpa o Steve Kloves por todas as burradas feitas nos filmes. No twitter, é a @maribergo.

5 respostas em “Entrevista com Daniel Radcliffe”

af, o Daniel é demais, sério ): eu amo esse cara, amo mtmtmt ;-;' além de ser lindo, é um cara super cabeça, ama ler… e tudo o mais, af! <3 inenarrável.

Daniel eu te amo de paixo quando vai vir para o Brasil no Rio de Janeiro eu quero ver vc de perto to loca para te conhecer te amo
meu nome é Kamilla Fiuza
meu msn [email protected] me add para falar quando estiver vindo

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