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Cinema Petiscos Quase Quentes Três Vassouras

Star Trek

Título Original: Star Trek
País e ano de Produção: EUA, 2009
Duração: 126 min
Gênero: Aventura / Ficção científica
Direção: J.J. Abrams
Roteiro: Roberto Orci, Alex Kurtzman
Elenco: Chris Pine, Zachary Quinto, Simon Pegg, Eric Bana, Karl Urban, Amanda Grayson, Zoë Saldana

“Espaço, a fronteira final. Estas são as viagens da nave estelar Enterprise em sua missão em busca de estranhos novos mundos, pesquisando novas vidas e novas civilizações. Audaciosamente indo aonde nenhum homem jamais esteve.”

Esse trecho não é muito famoso entre os jovens como eu. Na verdade, se eu já havia ouvido ou lido, não me recordava até assistir pela primeira vez Star Trek ano passado. O filme, que conquistou rapidamente o posto de um dos favoritos blockbusters do ano, é um renascimento da famosa série Jornada nas Estrelas, que já teve várias temporadas na televisão e muitos filmes. Muito se falou sobre como aconteceria esse renascimento da saga e sobre como J.J. Abrams, o diretor, traria de volta todo esse universo incrível às telas. E o que ele fez foi algo que gerou contentamento, tanto com os novos espectadores, quanto com muitos dos fãs que tanto estavam especulando sobre o filme.

Posso dizer que Star Trek é um novo começo. J.J. Abrams e os roteiristas Alex Kurtzman e Roberto Orci simplesmente criaram uma desculpa (muito boa) para explicar os rostos diferentes e jovens para os personagens: Realidades Paralelas. Confuso? É muito simples. Eles introduziram na mitologia da série o conceito de que muitas dimensões e realidades coexistem de forma harmoniosa, com tempos, universos e histórias diferentes. Ainda confuso? Exemplo: Você está lendo essa resenha aqui agora, porém, em outra dimensão, outro você pode ainda estar nascendo! Super nerd não? Nada melhor para um filme que, assim como Star Wars e outros filmes de ficção científica, é objeto de adoração por nerds do mundo todo. Quem já assistiu a série The Big Bang Theory, a fonte de humor nerd da atualidade, sabe que todos os personagens amam a saga e a adoram como uma religião.

A história começa quando Spock, ainda vivido pelo venerado Leonard Nimoy que vivia o personagem na série original, retorna ao passado por acidente junto com o vilão romulano Nero (Eric Bana) que busca vingança contra os vulcanos, raça a que Spock pertence. Com o perigo eminente da destruição de Vulcano, cabe a tripulação recém formada da Enterprise impedir o vilão, ajudando assim o já velho Spock. Nessa nova tripulação, James Kirk é vivido por Chris Pine de forma extremamente expressiva. Todas as suas cenas, tanto de humor (são muitas), de ação ou de emoção são bem balanceadas e ele mostra realmente a que veio como capitão da Enterprise. Como seus fiéis amigos vemos McCoy e Spock (o ainda jovem), interpretados por Karl Urban e Zachary Quinto (Sylar, de Heroes), respectivamente. Seus papéis são muito interessantes, assim como o de todos os outros membros da tripulação. Destaque para Uhura, vivida pela linda Zoë Saldana, que está ganhando maior destaque agora com seu papel em Avatar, mas que já tem mostrado ser uma atriz muito boa para os mais variados papéis.

Clichês da série aparecem aos poucos na trama, causando arrepios até para quem pouco conhece, como eu. Qual nerd nunca ouviu a famosa frase “Vida Longa e Próspera”, cumprimento usado por Spock? E clichês como esse se tornam úteis para atualizar o filme para os novos expectadores. Um exemplo disso é a cena em que o Spock velho e o novo se encontram e que, ao meu ver, simboliza uma espécie de rito de passagem tanto para os atores quanto para os personagens.

Os efeitos especiais são os melhores que a série já viu. O filme já começa com um show de cores impressionante, quando somos jogados no meio de uma batalha no espaço. A fotografia é moderna e ao mesmo tempo de ótima qualidade, o que só deixa o filme visualmente ainda mais belo. O roteiro bem estruturado não deixa tempo para descanso nas nossas mentes, se não estamos rindo com alguma cena engraçada, estamos empolgados com alguma cena de ação mirabolante ou então absorvendo alguma informação importante para a trama. Se o filme tem algum defeito grande, ele é ofuscado pela qualidade do resultado que vemos na tela.

Star Trek é um filme ousado que, mesmo um ano depois de lançado, ainda gera comentários entre os Trekkers (assim são chamados os fãs da saga). J.J. Abrams, conseguiu com triunfo construir uma história consistente e divertida, mesmo ao mexer com viagens do tempo e dimensões paralelas – temas que geram extrema confusão nas séries e filmes em geral. Com esse novo começo para a  tripulação da Enterprise, muitas fronteiras são abertas para muitas outras jornadas que poderemos acompanhar em breve ao lado da tripulação. A série já é velha. Mas parece que estamos apenas começando a nossa jornada nesse universo incrível.

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Quem quer ser um Milionário?

Título Original: Slumdog Millionaire
Ano: 2008
Direção: Danny Boyle
Elenco: Dev Patel, Freida Pinto, Madhur Mittal, Raj Jutshi
País: Inglaterra

Uma das grandes surpresas do cinema nos últimos anos, Quem Quer Ser um Milionário? é um filme simples, de história cativante e que não depende de efeitos visuais de última geração para conquistar um público fiel.

Baseado no livro Q and A, do autor Vikas Swarup, a história foca-se na participação do jovem Jamal Malik na versão indiana do programa Who Wants To Be A Millionaire? Jamal, que cresceu nas favelas de Mumbai, não possui qualquer grau de escolaridade e surpreende ao conseguir responder a todas as perguntas que lhe são feitas no programa.

Sob suspeitas de trapaça no jogo, o programa é encerrado prometendo uma continuação para o dia seguinte. Jamal cai em uma armadilha, é seqüestrado e torturado quando está deixando o programa.  O principal objetivo disso é que Jamal confesse algum tipo de fraude. O jovem é levado então para uma delegacia de polícia, onde é interrogado por um delegado.

Enquanto é interrogado, Jamal leva o espectador para dentro de sua história, que se confunde com a história da Índia moderna. A infância pobre, a morte da mãe, os conflitos religiosos existentes no país, vigaristas que visam o lucro explorando o trabalho de crianças, tudo isso é retratado de forma chocante e realista.

Ao longo da narrativa, somos apresentados a dois personagens de extrema importância para o desenrolar da história. O primeiro, Salim, é o irmão mais velho de Jamal, que desde pequeno sempre teve uma inclinação para o mundo do crime, tendo chegado à vida adulta trabalhando com um gângster. A segunda personagem, Latika, é o amor de Jamal, a garota que cresceu em meio a pobreza juntamente com os dois irmãos.

O roteiro simples, a bela fotografia e a trilha sonora que em alguns momentos mistura ritmos tipicamente indianos ao Hip Hop fazem dessa história um sucesso completo de público e crítica, fazendo com que o filme seja merecedor de todos os prêmios recebidos ao redor do mundo. Foram oito Oscars (incluindo o de melhor filme), sete prêmios BAFTA (British Academy Film Awards), quatro Globos de Ouro, além de prêmios dados pelos Sindicatos dos Produtores e dos Atores.

O filme é para ser visto e apreciado nos mínimos detalhes, se tornando uma obra do cinema indispensável a todos aqueles que desejam ter novas experiênicias cinematográficas.

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2012: O conto de fadas sobre Amor e Família

Título Original: 2012
Ano de Lançamento: 2009
Direção:
Roland Emmerich (Godzilla, O Dia Depois de Amanhã)
Elenco: John Cusack, Amanda Peet, Danny Glover, Oliver Platt, Thandie Newton, Chiwetel Ehiofor, Woody Harrelson

Considerando que eu sou uma pessoa normal que não espera ansiosamente por nenhum filme em particular, a não ser os da franquia Harry Potter, e que é atingida por um nível médio de publicidade dos grandes filmes, acho que é perdoável que eu só tenha descoberto que epa, esse filme tem protagonistas! Não é só destruição!, quando já assistindo o filme… ou não?

No fim, eu sinceramente não consigo saber se 2012 foi um completo fiasco ou completamente cumpriu sua proposta de filme simplesmente comercial que quer ganhar milhões. Só posso dizer que a fortuna gasta no filme não se traduz em riqueza de conteúdo.

Bem, de qualquer maneira, é bom que tenha, porque personagens sobre quem falar ajudam a organizar a completa bagunça que é o blockbuster na cabeça, consequentemente esclarecendo infinitamente a ordem das coisas na hora de passar toda essa análise pro papel. E para o negócio todo ficar mais palatável, a crítica vem enumerada em “coisas muito creepy que quase fazem os efeitos especiais não valerem a pena”.