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[COLUNA] O Novo livro da J.K.

Já foi chamado de “O Livro Escocês”, de “Enciclopédia do Mundo Mágico de Harry Potter” e até de “Hogwarts, Uma História”. O misterioso e tão aguardado novo livro de Joanne Rowling está envolto numa atmosfera de rumores e incertezas. Enquanto pessoas supostamente próximas à autora deixam pistas de que ela está tocando o projeto do novo livro, os fãs de Harry Potter esperam sedentos por informações mais concretas. Nos últimos dias, recebemos mais um sinal de que o livro é uma realidade.

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A Casa dos Gritos

[COLUNA] O NY Times e a Cerveja Amanteigada

O New York Times já vem perdendo sua credibilidade desde o escândalo do caso de uma funcionária tendenciosa ao governo Bush e aos seus atos, mas em um recente artigo nem parece que este jornal é veículo de colunistas como Gay Talese. No famigerado artigo publicado por Tara Parker-Pope, a colunista cita a cerveja amanteigada como uma bebida alcoólica e dá a entender que o sexto filme faz apologia ao uso de bebida alcoólica.

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Fatos Trouxas

[COLUNA] Fato número 6: Répteis rastejantes, um perigo constante a Harry!

Ofidioglosia, Slytherin, Nagini, o basilisco… O que esses nomes tem em comum? O fato de remeterem a um grupo de animais bem peculiar: As serpentes.

Em a Câmara Secreta, Harry depara-se com um dos animais mais perigosos descritos em lendas da idade média. Teria origem do cruzamento de uma galinha com uma serpente ou sapo. Era temido por ter o poder de matar à distância, segundo o naturalista romano Plínio “matam os arbustos sem nem mesmo tocar neles, só com a respiração, e as pedras racham, tal é o poder diabólico dessas criaturas”. Estudiosos apontam três espécies de basilisco, o dourado, que é capaz de envenenar apenas com o olhar, outro capaz de cuspir fogo e um terceiro, que assim como a medusa (que em lugar dos cabelos tinha cobras), petrificava suas vítimas, tamanho o horror de o ver.

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[COLUNA] Hermione, Bella Swan e o machismo

Machismo não é um tema novo, embora seja atual. Recentemente, uma série voltada para o público jovem feminino reeditou o velho roteiro dos contos de fada que exploram a fragilidade feminina. Estamos falando de Crepúsculo, é claro. A série conta a história de amor entre uma garota tímida e um vampiro super-poderoso. Ao criar a personagem Bella, Stephenie Meyer deixou psicólogos em alerta sobre a influência dos ícones da literatura na formação da personalidade juvenil. Do outro lado, temos a bruxa Hermione, personagem da saga Harry Potter, da autoria de J. K. Rowling. Embora não seja protagonista, ela tem papel de destaque no desenrolar da trama. Pensei em confrontar rapidamente as duas personagens e verificar como as autoras desses dois grandes sucessos editoriais tratam suas principais figuras femininas.

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[COLUNA] O 6° Filme e o amor em Harry Potter

Mal o filme surge na telona e já nos deparamos com um Harry de hormônios à flor da pele. As abundantes cenas de amor deixaram HARRY POTTER E O ENIGMA DO PRÍNCIPE com cara de comédia romântica. De um lado, parte dos fãs aplaude o clima de paixão do novo longa, enquanto a outra fração de fãs do bruxinho mostra-se descontente com o rumo que a adaptação tomou.

HARRY POTTER E A ORDEM DA FÊNIX (até agora, o melhor filme da saga, em minha opinião), também dirigido pelo cineasta inglês David Yates, trazia, assim como o livro de J. K. Rowling, as atenções voltadas para a vida política no mundo mágico, mostrando os abusos cometidos em nome do poder, a intervenção do ministério da magia em Hogwarts via decretos e o papel nefasto da imprensa na defesa dos mais socialmente privilegiados.  Em seu segundo filme para a saga, Yates deixa de lado a política e mergulha no universo das relações amorosas entre os personagens. É claro que o clima de romance está presente no sexto livro de J.K. Sendo assim, era de se esperar que fôssemos encontrar romance na adaptação para o cinema, mas a questão é: as relações amorosas assumem mesmo uma proporção tão gigantesca na obra de Rowling?

Acredito que não. Apesar do sexto livro ser o auge da descoberta sexual entre os personagens, o foco continua a não ser esse. Harry não está caçando passatempos amorosos. Ele simplesmente descobre-se apaixonado, e é isso que desperta nele o desejo de estar com a pessoa amada. Como o eixo do filme gira alucinadamente em torno de paqueras e bem-querenças, fica difícil abordar outras tantas importantes questões, como o sofrimento de Harry pela morte de Sirius e o próprio funeral de Dumbledore. Também fica de fora boa parte das elucidativas lembranças colhidas por Dumbledore acerca da origem de Voldemort, o que eu acho que prejudicará os próximos dois filmes no que diz respeito à identificação das Horcruxes.

Mesmo com os excessos, a própria questão amorosa não foi bem retratada. Pareceu-me que o Harry da telona estava ansiando demais por dar uns beijinhos. Ele não estava rejeitando nem a afobadinha da Romilda Vane, imagine. Ao invés de injetar cenas de paquera inexistentes na obra, como aquela da atendente da lanchonete, talvez devessem ter mostrado o empenho de Harry em descobrir o que Malfoy estava tramando, por exemplo. Apesar das discussões levantadas, HARRY POTTER E O ENIGMA DO PRÍNCIPE é realmente um filme divertido de se ver. Fugindo um pouco aos anteriores, explora bastante o humor, o que garante umas boas risadas.

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Colunas Potter Heaven Semanário dos Bruxos

[COLUNA] Os ruivos mais engraçados da série

Os gêmeos Fred e Jorge Weasley tiveram suas primeiras aparições em Harry Potter e a Pedra Filosofal (Pág. 83), como os irmãos de Carlinhos, Gui, Percy, Rony e Gina Weasley, descritos como os irmãos mais brincalhões, os humorísticos da série de J. K. Rowling.

Fred e Jorge sempre – ou em quase todas as aparições – estão fazendo brincadeiras, explodindo fogos Filibusteiros ou Bombas de Bosta,ou contando piadas, ou jogando Quadribol.

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[COLUNA] Harry Potter X Religião

Segundo Jehozadak Pereira, do site Aleluia, “a temática de Harry Potter é profundamente mística e inteiramente comprometida com bruxaria, feitiçaria e esoterismo, e é apresentada como literatura mimetizada em contos pueris, quando na realidade é perversa e advinda do inferno.” Em toda a série Harry Potter, Joanne Rowling não faz referências diretas a credos ou organizações religiosas.  Contudo, inúmeros grupos cristãos acusam a autora de pregar o paganismo. Diante disso, fica a pergunta: qual a real relação entre a religião e o mundo mágico de Harry Potter?

Sinceramente, não recordo de ter dado de cara com o substantivo “Deus” em trecho algum dos sete livros da saga potteriana. Harry, Voldemort ou mesmo a Sra. Weasley nunca foram vistos rezando, temendo ou adorando um ou mais deuses. Na verdade, nenhum dos personagens criados por Rowling jamais participou verdadeiramente de um ritual religioso ou declarou ser partidário de qualquer religião. E apesar da aparente ligação, a saga Harry Potter não prega o culto à Antiga Religião. Segundo o site Bruxaria.net, “achar que o que está escrito ali é Bruxaria de verdade é abusar demais da boa vontade dos pagãos.”

Embora essa ligação direta inexista, o mundo mágico de Harry Potter está repleto de traços culturais advindos da fé religiosa, como os festejos de natal e páscoa, por exemplo. Encontraremos também inúmeras referências a crenças da Idade Média e a mitologia em geral – principalmente a grega -, característica que enriquece e dá consistência à obra de Joanne (sem isso, o mundo de Harry Potter não seria tão plausível). E embora não trilhe pelo caminho de nenhuma religião, a saga não nega a vida após a morte. A autora deixa pistas de que as pessoas prosseguem para uma nova etapa depois de mortas, apesar de não esmiuçar os segredos da morte (a conversa entre Nick e Harry no quinto livro, pág. 694, deixa isso bem claro).

Ao encarar as bases mitológicas de Harry Potter, alguns líderes protestantes e católicos pensam estar descobrindo as raízes demoníacas da obra de Rowling, mas não poderiam estar mais equivocados: a moral dos livros não fere aos mais importantes preceitos cristãos. A saga nos ensina o respeito ao próximo, a amizade e a lealdade, não é verdade? Apimentando essa discussão, o ator Daniel Radcliffe, intérprete de Harry Potter nas adaptações para o cinema, disse não acreditar em Deus, “mas na evolução”. Do lado católico, o sacerdote italiano Francesco Bamonte e o padre austríaco Gerhard Maria Wagner dispararam que Harry Potter induz ao satanismo. Mais recentemente, o Vaticano elogiou o filme Harry Potter e o Enigma do Príncipe, ressaltando que o longa esclarece que o bem deve prevalecer sobre o mal.

Para concluir, vale lembrar que Dumbledore sempre disse que Harry tinha um trunfo em relação a Voldemort. Durante toda a série, Rowling enfatiza uma coisa que está acima de todas as religiões: o amor. Esse sentimento supera dogmas e rituais, sejam eles quais forem. É o amor que conduz Harry Potter à luta contra Voldemort e é o amor quem o faz triunfar. Eu só não entendo como isso poderia soar demoníaco…

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Fatos Trouxas

[COLUNA] Fato número 5: Sirius Black, estrela e cão guia de Harry

Sirius Black. Preso em Azkaban por anos. Fugiu e amendrontou o mundo bruxo por supostamente ser um assassino implacável, servo de Voldemort. O terceiro ano de Harry no castelo de Hogwarts foi realmente muito revelador… E há outros fatos a serem revelados, àqueles mais curiosos, acerca de Sirius Black.

Não me refiro a revelações bombásticas dentro da história (Rowling tratou de fazer isso, ao final do livro, com um ótimo domínio da narrativa sobre viagens no tempo e tramas paralelas, que em outras mãos certamente seriam extremamente confusas e enfadonhas), mas sim fora, como sempre faço.

Sirius, padrinho outrora desconhecido de Harry, tinha a peculiar habilidade de ser animago, transformando-se em um enorme cão negro. Mas porque um cão negro?

Sirius pode ter recebido seu nome de uma estrela, de mesmo nome, considerada a de brilho mais intenso no céu noturno. A estrela Sirius pertence à constelação Cão Maior. Essa pode ser a razão pela qual Sirius Black se transforme em um cão negro (seu sobrenome, Black, significa “negro, preto” em inglês).

A estrela Sirius tinha considerável significado para o mundo mágico. Representava, por exemplo, a deusa Ísis, uma das mais importantes para religião e filosofia Egípcia (berço da magia no mundo). Além de ser a estrela que marcava as idas e vindas das estações do ano. No verão, ela nasce um pouco antes do sol. Talvez por isso os antigos chamassem dias quentes como “dias de cão”. Hoje sabe-se que trata-se de duas estrelas, no que se chama sistema binário, onde uma estrela orbita a outra. A de brilho mais intenso é chamada Sirius A, a outra, menor, é Sirius B. Entretanto, Sirius B é uma anã branca, o que significa que um dia fora maior que Sirius A.

Sirius tinha outro nome – Almofadinhas. Em inglês, o nome é padfoot. Cães negros mágicos são avistados por toda Europa e Estados Unidos há anos. Eles recebem nomes como Black ShuckShucky Dog ou Shung Monster. No entanto, todos seguem a origem primeira do nome anglo-saxão que é scucca, que significa “demônio”. O fato mais curioso é que os habitantes da cidade Inglesa de Staffordshire chamam esse cão exatamente de padfoot.

Testemunhas oculares avistam esses enormes cães negros ao lado de viajantes solitários, vagando por aí a esmo ou de guarda no terreno de uma igreja ou cemitério. A característica marcante é o jeito sorrateiro de aparecer e desaparecer, praticamente sem ser notado. Às vezes com olhos flamejantes e até mesmo sem cabeça. Diz-se ainda que a forma de um cão negro é a preferida do diabo, por isso grandes cães negros mexem com o íntimo de muitas pessoas. Talvez por isso também sejam tidos como aviso de mal agouro. Assim como previsto por Trelawney, ao ver no fundo da xícara de chá o Sinistro (nome este também muito usado).

Entretanto para Harry, Sirius Black não era ameaça. Muito pelo contrário, era a ligação mais forte que ele tinha com seus falecidos pais. Mesmo depois de morto, a significação de Sirius não morreu, já que por herança, Harry recebeu tudo que lhe havia pertencido.

A força do simbolismo de Sirius Black é muitíssimo forte, dentro e fora da história, como tentei demonstrar, e poderia ser esse o propósito de J.K. Rowling ao montar personagem tão marcante para a vida de nosso querido herói.

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Semanário dos Bruxos

[COLUNA] O desenvolvimento de Daniel Radcliffe

Daniel Radcliffe. O mito. O garoto que todos conhecem. O garoto que até hoje muitos chamam de Harry Potter. Dan nasceu em 23 de Julho de 1989, em Fulham, Londres.

Dan Radcliffe conseguiu atuar em todos os filmes da série Harry Potter.

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Fatos Trouxas

[COLUNA] Fato número 4: Elfos, domésticos ou arqueiros?

Lembro que na primeira vez que li sobre um elfo-domestico, logo me veio na cabeça outro tipo de elfo. O elfo que li em O Senhor dos Anéis. Entretanto, ainda mais rápido foi desfeita essa imagem ao passo que Rowling descrevia o seu elfo. Algo que fugia totalmente do senso comum criado pela obra de Tolkien. O propósito para tal, mais uma vez, era enriquecer o “caldeirão de histórias”, termo esse cunhado pelo próprio Tolkien a cerca da diversidade de histórias mitológicas criadas ao redor do mundo, por escritores antigos e modernos.

O certo é que o elfo de Rowling em nada se parece com elfos encontrados em suas origens, como na mitologia nórdica e da Europa medieval. Para eles, elfos (ou alfs, alfr) eram seres etéreos, quase divinos, relacionados à luz e ao sol, com uma afinidade invejável com a natureza. Na mitologia escandinava, os elfos eram gênios representantes dos quatro elementos (fogo, vento, terra e água).

Rowling extirpou tais “fundamentos” do que é um elfo ao criar Dobby e outros de sua raça. Os elfos-domésticos tem uma mágica própria, capazes de realizar magias em lugares que um bruxo comum não o conseguiria (como aparatar dentro de Hogwarts por exemplo), e mesmo devem ter uma fisiologia peculiar também, já que se embreagam ao tomar cerveja amantegada, o que não acontece nem com uma criança bruxa. Vestem roupas velhas, já que se as ganhasse, estaria liberto da servidão. Além de terem uma aparência um tanto quanto estranha.

Outra raça de elfo muito conhecida, como citei no começo, foi o da obra de Tolkien. Altos, belos, mágicos e hábeis. Exímios arqueiros e muito sábios, foram de fundamental importância para derrota inicial de Sauron, que acabou esboçando o retorno, por um erro de um Homem. Tolkien discordava de elfos pequeninos, como Shakespeare uma vez mencionou, para ele elfos nunca foram assim.

Outras criaturas que mais podem se aproximar dos fies servidores de seus senhores bruxos são globins e duendes. Geralmente são descritos como pequenos e de aparência não muito agradável… Entretanto são capazes de magia e de realizar desejos, como os Leprechauns na Irlanda. Outro mais próximo de um elfo-domestico são os Zanganitos, presentes na mitologia portuguesa, que vivem em casas humanas, entretanto fazendo o exato oposto das atividades de elfos-domésticos normais: eles bagunçam e desordenam tudo, causando transtornos e aborrecimentos ao dono da casa.

É fácil verificar a riqueza de seres criados ao longo da história nas diferentes mitologias. O fato é que Rowling introduziu outra espécie de elfo neste universo. De forma significativa e definitiva, não deixando ninguém duvidar de que tais seres podem existir no imaginário de diversas outras histórias, com nuances e peculiaridades que só ela consegue dar às suas criações.