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Uma febre chamada Cosplay

Cosplay, costume play ou costume roleplay, não importa a expressão que você usa para se referir ao que a Wikipédia chama curiosamente de “representação de personagem a caráter”, a verdade é que, pelo menos alguma vez na sua vida, você já viu alguém fazendo, ou fez cosplay, em algum evento relacionado à série Harry Potter.

A prática é facilmente ligada aos fãs de animes e mangás, mas ganhou também ampla difusão entre os fãs dos livros escritos por J.K. Rowling. Basta uma olhada rápida em qualquer sessão de estréia ou convenção de fãs para contar um bom número de pessoas “fantasiadas” como personagens da série. E a imaginação vai longe, de Harry Potter e Draco Malfoy até Hagrid e Dobby, tudo é possível.

Segundo Jéssica Campos (23), mais conhecida no mundo cosplayer como Pandy, esta prática começou no Brasil há mais ou menos 12 anos atrás – pouco tempo comparado aos EUA, que já fazem desde os anos 1930 – mas vem crescendo. O motivo para isso é o aumento das pessoas com acesso à Internet, o que colaborou muito para a troca de contatos e informações do mundo inteiro, principalmente em redes sociais.

“Eu, por exemplo, divulgo os meus cosplays no Orkut com fotos de eventos que participo e de lá um amigo meu as viu, gostou e passou a se interessar mais no assunto. Além disso, há uma infinidade de sites com dicas e tutoriais de como fazer um cosplay.”

Jéssica é cosplayer há quatro anos e meio – desde julho de 2006 – e é fã da série desde o lançamento do primeiro livro, mas só agora vai fazer cosplay da série Harry Potter. O personagem escolhido? O próprio Harry. “O cosplay está quase pronto, só faltam alguns detalhes como a gravata e os óculos. Estou me preparando há dois meses nele”.

Para os interessados por cosplay, ela dá algumas dicas de como acertar na hora de fazer sua fantasia. A primeira delas é antecedência; Comece a trabalhar o quanto antes no cosplay que você irá usar, só assim você evita surpresas em cima da hora. Procurar muitas imagens de referência – de todos os ângulos possíveis, e comparar as cores das fotos com os materiais também são indispensáveis para ter um cosplay bom. Para fechar, uma boa costureira é fundamental e, caso queira confeccionar alguns acessórios, existem muitos tutoriais na Internet à disposição.

“[Cosplay] Para mim é uma forma diferente de demonstrar minha admiração pela série. Com certeza [na Pré-estréia] haverá pessoas querendo tirar fotos e aposto que conhecerei muita gente também.”

Jéssica, além de fazer seus próprios cosplays, trabalha com importações, estuda inglês, e faz faculdade de Sistema da Informação. Já participou de vários eventos como convidada especial, sendo juíza ou realizando palestras sobre suas experiências com cosplay, competições e as viagens que fez para o Japão. O nickname “Pandy” existe desde 2004, quando participava de jogos de RPG conhecido como Vampiro – A Máscara e em “Live Action”, em que tinha uma personagem toreadora chamada Aeris Pandora. Alguns amigos passaram a chamá-la de Pandy, no qual ela adotou como apelido pessoal.

No ano de 2008, Gabriel Niemietz (Hyoga) e Jessica Campos (Pandy) ganharam o World Cosplay Summit, o campeonato mundial de cosplay, o que ajudou o Brasil a conquistar o título de único pais a vencer a copa duas vezes.

Logo abaixo algumas imagens de cosplay feitos por ela:

Mais informações no site Cospandy.