Escritores costumam dedicar seus livros a alguém ou a algum grupo de pessoas, logo nas primeiras páginas de um livro. É a parte onde o autor agradece pelo apoio que recebeu enquanto escrevia, ou até mesmo dedica sua obra a alguém que não está mais aqui para ler o livro, mas que teve uma grande influência na realização deste. Pode dedicar também a pessoas especiais que conheceu durante sua vida, pessoas que marcaram determinados momentos.
Ao longo dos sete romances publicados por J.K. Rowling até agora, deparamo-nos com várias pessoas a quem Rowling dedica um lugar especial ainda nas primeiras páginas. De Pedra Filosofal até Relíquias da Morte temos dedicatórias a amigos, filhos, marido e até mesmo ao leitor. Mas quem são essas pessoas e qual sua relação com a autora? Um bom número de fãs ficam curiosos para saber quem são aqueles anônimos que têm a honra de ter seus nomes em um best-seller. E por que não mostrar o que cada um faz ou fez na vida da autora?
O livro Pedra Filosofal teve uma dedicatória rápida, precisa, e para a maioria dos leitores na época, incompreensível:
Para Jessica que gosta de histórias, para, Anne que gostava também, e para Di, que foi quem ouviu esta primeiro.
Com as inúmeras entrevistas que J.K. Rowling daria durante os próximos dez anos, várias pessoas saberiam quem são as três pessoas da dedicatória de Pedra Filosofal. Jessica é a primeira filha de J.K., filha do português Jorge Arantes, com quem a autora ficou casada por poucos meses. Anne era a sua mãe que morreu de esclerose múltipla (vale lembrar que J.K. doa dinheiro para instituições com a intenção de solucionar a cura da doença) em dezembro de 1990, quando Rowling começava a escrever Pedra Filosofal; infelizmente, morreu sem nem ao menos sonhar que sua filha faria um sucesso enorme com seus sete livros. E Di é a irmã mais nova de Rowling que foi a primeira a ler o livro, segundo a própria dedicatória.
Para Sean P. F. Harris, motorista de carro de fuga e amigo dos dias tempestuosos.
É a dedicatória do sucessor de Pedra Filosofal, Câmara Secreta. Sean Harris é o melhor amigo de Rowling; conheceram-se quando a jovem tinha onze anos de idade, e ele foi a primeira pessoa a saber que a ambição dela era ser escritora. E segundo ela, ele sempre disse que ela estava fadada ao sucesso.
Para Jill Prewett e Aine Kiely, as avós do Swing.
Terceira dedicatória da série e a única que mostra que a autora fez amigos quando morou em Portugal. Foram companheiros de apartamento de Jo e ela batizou as suas amigas de “avós do Swing”, fazendo referência ao tempo que passavam no restaurante chamado Swing.
Para Peter Rowling, à memória do Sr. Ridley e para Susan Sladden, que ajudou Harry a vir à luz.
O quarto livro é dedicado ao pai de Rowling, a um velho amigo da família chamado Ronald Ridley de onde foi tirada a inspiração para o nome do melhor amigo de Harry, e a babá que cuidava de Jessica enquanto Jo escrevia o primeiro livro.
Para Neil, Jessica and David, que transformam o meu mundo em magia.
Neil é o atual marido da autora e com quem teve dois filhos: David e a caçula que ainda não havia nascido no ano do lançamento de Ordem da Fênix, Mackenzie.
A Mackenzie, minha linda filha, dedico o seu gêmeo de tinta e papel.
O sexto livro Enigma do Príncipe é considerado carinhosamente o gêmeo de tinta e papel de Mackienzie, já que ambos foram nascidos e publicados em épocas próximas.
Este livro é dedicado a sete pessoas: a Neil, a Jessica, a David, a Kenzie, a Di, a Anne e a você, que acompanhou Harry até o fim.
A dedicatória mais bonita de toda a série, que na edição inglesa do livro ficou com o formato idêntico de um raio, a marca registrada de Harry Potter. Nada mais justo do que a autora dedicar o último livro ao fã, ao leitor que teve o “trabalho” de ler todos os sete livros, aquele que acompanhou a história do Menino Que Sobreviveu. Aliás, fomos nós que fizemos com que aquele órfão fosse conhecido por todo mundo. Nada mais justo que ter um lugar na dedicatória do último livro da série.