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Total Film: Harry Potter e as Relíquias da Morte (Primeira parte)

Em meio às ruínas de Hogwarts, a equipe da revista britânica Total Film foi recebida para mais uma entrevista sobre a saga cinematográfica da série Harry Potter, que depois de nove anos de trabalho, seis filmes lançados, e incontáveis fãs pelos quatro cantos do mundo, arrecadou a impressionante marca de 5,5 bilhões de dólares, até agora. Sim, até agora por que a reta final da saga do bruxo que sobreviveu foi dividida em duas partes e promete trazer recordes ainda maiores às salas de projeção.

Tudo ficou mais maduro, […] nos outros filmes há muita rotina – você está no trem, aí chega à escola… isso é bem diferente”, diz Rupert Grint (Rony Weasley), quando perguntado pela revista a respeito da atmosfera do novo filme da série, que tem estréia marcada para daqui a 48 dias. Verdade seja dita, não só a trama amadureceu e permiti agora um novo tipo de trabalho, a equipe e o elenco também mostram sinais de experiência.

David Yates, diretor do longa metragem, aposta justamente nessa mudança de rotina e na sabedoria do tempo para que o sucesso dos dois filmes que nos guiarão até o confronto final entre Harry Potter e Lord Voldemort aconteça, “Eu acho que vai ajudar a revigorar a série e animar um pouco. E eu acho que é o que precisamos agora, porque estamos no sétimo filme. Não podemos ficar numa zona de conforto. O que é ótimo é que Dan, Rupert e Emma estão bem mais velhos e se aproveitam das complexidades com que tem que lidar nessa história.

Em Harry Potter e as Relíquias da Morte estamos em guerra, e acompanhamos Harry, Rony e Hermione em uma verdadeira aventura atrás das Horcruxes que guardam os vários pedaços da alma do grande vilão. Fora de Hogwarts, Escola de Magia e Bruxaria, eles vão ter de enfrentar o mundo adulto, onde os riscos são muito maiores do que bombar em um teste ou esquecer de entregar um relatório. “Eles estão longe de casa, isolados, estão um trapo,” explica Emma Watson (Hermione Granger).

Logo abaixo você confere a tradução completa da matéria de capa da próxima edição da revista Total Film. Nela, você matará a curiosidade sobre locações, cenários, saberá como os atores e a equipe estão encarando o final eminente da série, e ficará por dentro das impressões que os jornalistas da revista tiveram ao visitar os sets de filmagem. Vale à pena a leitura.

Harry Potter na Total Film – parte 1

Tradução por Cecília Bonfim | PotterHeaven.com

Então, depois de nove anos, seis filmes e uma gigantesca conta de 5,5 bilhões de dólares, o fim chegou para o jovem bruxo e seus amigos… É janeiro de 2010 e a Total Film está abismada no set de David Yates, para a adaptação em duas partes do último livro de J. K. Rowling, Relíquias da Morte. A escola de bruxaria Hogwarts está em ruínas, as equipes de efeitos estão dando os retoques finais em bandos de novas criaturas e filas de bruxas e bruxos desgastados pela batalha estão amontoados na lanchonete. É suficiente dizer que Harry Potter e companhia estão indo embora com estrondo.

“Tudo ficou mais maduro,” diz Rupert Grint, o Rony Weasley. Ele aponta que a Parte 1 – o último livro sendo dividido em dois para diminuir os cortes – marca uma mudança de funcionamento na franquia. Essa primeira metade mostra Rony, Harry (Daniel Radcliffe) e Hermione (Emma Watson) saem do padrão para encontrar e destruir as horcruxes restantes que formam a alma despedaçada de Lord Voldemort (Ralph Fiennes). “A primeira parte acontece principalmente fora de Hogwarts – estamos acampando e vivendo em condições duras e há muita paranóia e raiva, particularmente de Rony. Nos outros filmes há muita rotina – você está no trem, aí chega na escola… Isso é bem diferente de Harry Potter.”

Sem escola, sem uniformes, sem regras… “É sobre essas crianças lidando com o mundo lá fora, um lugar bem perigoso, e tendo que crescer depressa.” Explica Yates, claramente um diretor que gosta desse território não familiar da última aventura de Harry. “Eu acho que vai ajudar a revigorar a série e animar um pouco. E eu acho que é o que precisamos agora, porque estamos no sétimo filme. Não podemos ficar numa zona de conforto. O que é ótimo é que Dan, Rupert e Emma estão bem mais velhos e se aproveitam das complexidades com que tem que lidar nessa história.”

O diretor e o elenco estão com um ânimo notável, nesse que é o dia 195 de uma imensa filmagem de 250 dias que tem criado os dois últimos filmes juntos (a Parte 2 – “um grande filme de Ação com uma resolução bem emotiva” de acordo com Yates – será lançada ano que vem). “Eu reclamei de quantos músculos eu distendi, mas na verdade foi muito legal estar na floresta e correr por aí,” diz Watson, que aceitou os novos desafios que a Parte 1 trouxe a ela. “Tem sido difícil emocional e fisicamente, mas todos sabemos no set que é isso, é o grande final – e todos estão dando o seu máximo.”

HARRY SAI DE HOGWARTS, CAI NA ESTRADA E FICA RADICAL. A TOTAL FILM VAI AO SET DE RELÍQUIAS DA MORTE PARA ENCONTRAR A FRANQUIA EM TERRITÓRIO DESCONHECIDO

Harry Potter está na guerra. Roupas rasgadas, rosto machucado e sangrando, o garoto bruxo parece muito mal. “Eu só os acumulo”, sorri Daniel Radcliffe quando a Total Film o pergunta sobre os ferimentos. “Durante o percurso desses filmes eu começo a me tornar uma bagunça mais e mais sangrenta…” Com “esses filmes”, é claro, ele quer dizer Harry Potter e as Relíquias da Morte – o final épico em duas partes feito para uma despedida estrondosa da série. É janeiro de 2010, e a Total Film encarou condições quase árticas para visitar os Estúdios Leavesden – o antigo aeródromo da 2a Guerra Mundial que tem sido, nos últimos 10 anos, o lar do mundo mágico de Harry Potter. Hoje é o dia 195 da fotografia principal e o elenco e equipe comprometidos não estão deixando um pouquinho de neve esfriar seus ânimos. Bem, a maioria deles na verdade… “Eu acho que está mais frio dentro dos Estúdios Leavesden do que lá fora,” ri Emma Watson, também conhecida como a garota bruxa Hermione Granger, “o que é muito deprimente!”

Enquanto os jovens sofrem por sua arte, a Total Film fez um rápido passeio pelos sets dos filmes, muitos dos quais estão aqui desde quando foram construídos lá no comecinho. São coisas demais: prateleiras empilhadas de livros empoeirados circulam o escritório do novo diretor de Hogwarts, Professor Snape (Alan Rickman); imensas lareiras de tons verdes alinhadas no Átrio cavernoso do Ministério da Magia; poeira e escombros espalhados pelo Salão Principal destruído de Hogwarts… Tudo minuciosamente detalhado, produzido por experts e em escalas monumentais. Apesar de o set parecer familiar, o diretor David Yates – o homem que comanda a franquia desde que subiu a bordo para Ordem da Fênix de 2007 – é perspicaz ao apontar que Relíquias da Morte: Parte 1 (filmado junto com a Parte 2) é um animal muito diferente. “É um filme de estrada,” ele diz com sua fala tranqüila durante um intervalo rápido. “É sobre essas crianças encarando o mundo real. Eles foram chutados de Hogwarts, estão nesse lugar perigoso e precisam crescer rápido.”

Espere, sem Hogwarts? “Até o finalzinho da Parte 2, não estamos em nenhum momento em Hogwarts,” confirma Radcliffe. Então, se foram o quadribol, os banquetes e cervejas amanteigadas dos episódios anteriores… “Isso dá ao filme uma sensação bem diferente, porque as pessoas estão acostumadas a essas histórias acontecendo na geografia de um certo local,” ele acrescenta. “Pode levar um tempo para as pessoas se acostumarem à ideia de que eles não verão o Salão Principal por mais oito meses!”

Tempos difíceis o aguardam…
Harry pode ter saído da escola nesse ano, mas ele tem uma boa quantidade de circunstâncias desgastantes… Lord Voldemort (Ralph Fiennes) infiltrou o Ministério da Magia e tomou posse de Hogwarts. Forçados a se esconder e sendo perseguidos pelos cruéis Comensais da Morte, Harry, Hermione e Rony (Rupert Grint) embarcam em uma jornada iniciada pelo Professor Dumbledore em Enigma do Príncipe – que é, encontrar e destruir o resto das sete horcruxes que formam a alma fraturada de Voldemort e pará-lo de uma vez por todas. “Eles estão longe de casa, isolados, estão um trapo,” explica Watson sobre a situação terrível do grupo, que põe à prova a amizade do trio. “Harry é como um imperador romano nos seus últimos dias quando toda a corte começa a se voltar contra ele,” diz Radcliffe. “Ele não tem ideia de como encontrar as horcruxes ou de como destruí-las. Ele está ficando completamente paranóico sobre o que Rony e Hermione conversam às suas costas. Ele acha que eles estão duvidando de sua liderança – o que é verdade.”

De acordo com Yates, o exílio e as fofocas não são os únicos desafios que eles vão enfrentar dessa vez. “Eu me canso de dizer isso o tempo todo, mas é muito mais maduro do que tudo o que fizemos antes,” diz o diretor. “Na verdade é bem intenso, e tem um monte de mortes…” Apesar das lágrimas e desordem, a filmagem de Relíquias tem testado os atores tanto física quanto emocionalmente. “Há muitas sequências de perseguição, então temos que correr bastante,” ri Grint. “Tem sido divertido, mas eu realmente não faço nenhum exercício, então foi bem difícil pra mim!” Parece que ele não é o único. “Eu reclamei de quantos músculos eu distendi, mas na verdade foi muito legal estar na floresta e correr por aí,” se entusiasma Watson, que gostou de sair de Hogwarts. “Deixa tudo tão mais real. Eu acho que vai causar uma impressão muito diferente de todos os filmes anteriores.”

Não apenas Relíquias: Parte 1 vai quebrar o padrão criado por seus antecessores, mas Yates reconhece que ele também vai se diferenciar de sua sequência. “Esse filme é bem verdadeiro, com muitas câmeras de mão,” explica o diretor. “E então a Parte 2 é um grande filme de ação, com uma resolução bem emotiva.” Então, por que a decisão de dividir a história? “Quando Alfonso Cuarón veio para o terceiro filme (Prisioneiro de Azkaban), mudamos nossa forma de abordar as histórias e passamos a contá-las do ponto de vista do Harry,” diz o produtor David Heyman, que guia a série desde a Pedra Filosofal. “Coisas que não se relacionavam com isso começaram a ser deixadas de lado porque como os livros foram ficando maiores, isso nos deu uma trilha a seguir. Mas no sétimo livro, tudo se relaciona ao Harry. Então decidimos fazer dois.” Não apenas mais uma chance de aproveitar a galinha dos ovos de ouro, então? Uma forma engenhosa de ganhar em dobro? “Olha, não há dúvidas de que se não fizesse sentido economicamente o estúdio não teria apoiado,” Heyman admite. “Mas a motivação foi puramente criativa.”

Leia a segunda parte da tradução clicando aqui.

Por Bruno Longbottom

está na Potter Heaven há cinco anos, e hoje é editor do site. Corvinal, Jornalista, Cinéfilo apaixonado, não vê testralhos e não sabe voar de vassoura. No twitter, é o @bmaranhas.

4 respostas em “Total Film: Harry Potter e as Relíquias da Morte (Primeira parte)”

Quando essa revista saira no brasil? Me avisem logo por favor!!!! quero comprar!!!!Amo vcs do potterheaven amo o dan a emma e o ruprt I love Harry potter

Quando o mundo dizia que era por dinheiro eu sempre acreditei que era para o bem da história. Agora o mundo que morda a lingua. XD

Harry eu sou sua fanzaça,eu sempre me inspirei em vocẽ e nunca vou te esquecer,e eu vou estar la na estreia do seu ultimo filme…
Eu te amo harry potter!!!!

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