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Harry Potter e a Ordem da Fênix

Goldenberg fala sobre OdF

O site Carnegie Mellon Today recentemente colocou em seu site uma entrevista que fez com Michael Goldenberg, roteirista do filme Harry Potter e a Ordem da Fênix, que assumiu o script da série após Steve Kloves (que fez os roteiros dos quatro primeiros filmes) resolver descansar um pouco. Leia abaixo um resumo da (bastante interessante) entrevista, ou clique aqui para vê-la na íntegra.

Michael leu e releu o livro, fazendo anotações e destacando partes importante. “Chega uma hora, porém”, ele diz, “em que você tem que se afastar do livro e deixar o filme tomar características próprias.” Por exemplo, sobre as cenas entre Harry e seu padrinho Sirius Black (as favoritas de Michael), “houve vários momentos em que me senti orgulhoso; muitas partes não estavam no livro e eu as escrevi para concretizar a ligação entre eles”.

Em qualquer adaptação, ele afirma que é preciso destilar, escolher um detalhe, pegar um diálogo importante, fixar uma imagem única; coisas que em um livro podem consumir várias páginas. É preciso se perguntar “o que nós realmente precisamos colocar no filme?”. “É muito intuitivo. E o melhor é que, quando você está escrevendo, você vai visualizando na sua cabeça, e isso te ajuda a dizer como tem que ser.”

Um dos momentos que Michael achou importante para a história é a cena em que Harry vê (na penseira) Snape sendo humilhado por seu pai, Tiago Potter, para fazer seus amigos rirem. “É uma parte que até poderia ser dispensada”, diz Goldenberg, “mas que fez o filme se fortalecer para mim. É um momento poderoso quando seu pai – especialmente um pai que Harry idealizada enormemente, já que nunca o conheceu – mostra defeitos.”

Michael também disse que J.K. deu muita liberdade a ele (“Ela mantém os filmes separados dos livros”, afirma) e falou que era importante mostrar que Harry, sempre seguro com o amor de sua mãe, buscava entretanto a figura de um pai. E é aí que Dumbledore entra. “Ele sempre foi mostrado como um bruxo sábio, mas agora ele não é nada mais do que um homem esperto. Para Harry crescer, Dumbledore tinha que descer do pedestal.”

“Eu realmente acho que esse é um dos maiores assuntos – a perda da inocência. Sempre me senti atraído por histórias que falavam sobre isso. Essa foi a minha maior conexão com essa história – e a razão pela qual eu queria contá-la. Lições acontecem na vida e Harry passa de uma criança que apenas vê um mundo com coisas boas e ruins e passa a perceber o quão complicado ele é. Achei que era uma ótima história para contar, principalmente nos tempos de hoje”.

Por Sirius

pergunta: o que é um pontinho preto em Hogwarts?