À espera do fim

A morte é apenas uma travessia do mundo, tal como os amigos que atravessam o mar e permanecem vivos uns nos outros. Sábias palavras de Willian Penn, descritas na página sete do último livro de J.K. Rowling sobre o bruxo que encantou o mundo. A história de Harry Potter é, acima de tudo, um conto sobre amizade. E caminhar para o fim, dizer adeus, nunca é fácil. Aqueles que cresceram e acompanharam o garoto com uma cicatriz em forma de raio, ano a ano, em Hogwarts, encaram com ansiedade e pesar o primeiro episódio do fim.

19 de novembro de 2010. Daqui a exatos 100 dias a obra cinematográfica de uma geração dá o primeiro passo para o encerramento. Harry Potter e as Relíquias da Morte – parte 1, promete não só ser um sucesso de bilheteria, como marcar a história do cinema. Se o livro já surpreendeu, ver Harry, Rony e Hermione na caça a Voldemort, em tela grande, será surreal. Lançado também nas tecnologias 3D e IMAX 3D, o roteiro já dá indícios de tirar o fôlego, apenas com os primeiros vídeos promocionais lançados. A Warner ainda não divulgou em qual parte o longa será divido, porém cada vez que uma novidade é lançada a euforia dos fãs da série é imensa.

O ator Luis Henrique Santos, 22 anos, conta que desde que assistiu ao primeiro trailer sua ansiedade só aumenta. “Eu quase chorei! Alguns dias depois eu já estava relendo o livro e acabei muito mais animado. Ver tudo aquilo que eu imaginei bem rapidinho me deixou curioso. Eu sempre fico com medo em relação aos filmes. Sempre acho que vão me decepcionar. Sempre mudam alguma coisa, ou algo que eu achava importantíssimo não aparece. Mas eu já aprendi: o filme é o filme, e o livro é o livro. E nada é igual ao livro, né?”, relata. Ele afirma, ainda, que esta confiante para os dois últimos. “Acho que eles cresceram muito. Toda a equipe e principalmente o elenco.”

E, de fato, é quase impossível conter os ânimos. O cartaz Tudo Termina Aqui, a frente de uma Hogwarts em chamas, já representa toda a fusão de sentimentos que fãs vão enfrentar sentados nas salas dos cinemas. O menino que sobreviveu e seus inseparáveis amigos chegam ao fim de uma aventura de uma década. E, novamente, buscando consolo nas palavras de Penn: “este é o consolo dos amigos e embora se diga que morrem sua amizade e convívio estão, no melhor sentido, sempre presentes, porque são imortais.” E você que acompanhou Harry até o fim, sabe mais do que nunca o significado da palavra imortal. Que passem 100 dias!