O site oficial da Universidade Babylor publicou um artigo interessante, centrado em uma única premissa: “Como se não bastasse os ganhos por assinaturas e publicidades decaindo, agora a imprensa escrita deve lutar contra um jovem bruxo de óculos redondos”. Tudo isso, resulta de um estudo realizado por um grupo de pesquisadores da universidade, que constatou que o papel da mídia na série Harry Potter tem impacto negativo significativo sobre as crianças e em sua integridade como carreira. Os pesquisadores descobriram um constante jornalismo negativo em toda a saga, o que leva à preocupação sobre as crianças verem esse trabalho como um trabalho corrupto, enganoso e pouco atrativo como opção de carreira.
O livro apresenta um ponto de vista pessimista e desnecessário do período atual. O governo controla os meios de comunicação social, de forma que O Profeta Diário não consultava fontes oficiais e contém informações para desviar a atenção do povo dos ataques que aconteciam. Além disso, tem Rita Skeeter, uma jornalista corrupta que escreve sem se preocupar com a verdade e objetividade, que muitas vezes escreve com uma pena de repetição rápida, que grava automaticamente, o que se falou com o entrevistado. No entanto, a caneta não escreve exatamente o que foi dito, e sim, cria histórias sensacionais e imprecisas que só têm algumas semelhanças com os fatos verdadeiros.
Embora os livros de Harry Potter sejam valorizados por suas habilidades de entreter e cativar os leitores, as crianças podem estar lendo sobre coisas que não experimentaram. Grande parte da exposição da carreira social pode promover a literatura para crianças e adolescentes. As implicações da representação negativa, neste caso, é ampla, tendo em conta a popularidade da série.
Não estou aqui para defender J.K. Rowling (que faz aniversário hoje). Mas ela apenas mostrou o outro lado da moeda. Existem (e muitos!) jornalistas corruptos e sensacionalistas. O artigo deveria preocupar-se mais em assumir que existe esse tipo de jornalismo e defender ainda mais a tese de que nem todos são corruptos e sensacionalistas (o que é verdade!), do que tentar esconder o lado obscuro da profissão.