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O Pistoleiro

Subtítulo: A Torre Negra
Autor: Stephen King
Tradutor: Mario Molina
Ano: 2004 (mais recente versão atualizada pelo autor)
Editora: Objetiva
Nº. de páginas: 224

“O homem de preto fugia pelo deserto e o pistoleiro ia atrás.” Esta é a frase que abre a obra-prima do escritor norte-americano Stephen King. O Pistoleiro é o primeiro dos sete livros da tão aclamada série A Torre Negra. Este foi o segundo livro do escritor que li (para constar, o primeiro foi O Iluminado) e, pela segunda vez, não gostei do trabalho do autor. Até achei que havia algo de errado comigo. Gosto de histórias de terror. Ele é o mestre do terror. Pensei que seria o encaixe perfeito. Não foi, entretanto.

O volume um da supracitada série narra o início da busca do pistoleiro Roland Deschain pela Torre Negra, lugar que rege o tempo e o espaço e onde se encontra a salvação para o mundo do pistoleiro, que está em decadência. Roland crê que um homem (o homem de preto, como ele o chama) possui informações que possam auxiliá-lo em sua busca até a almejada Torre. A maior parte da trama se desenrola no deserto deste mundo que está irreconhecível e vazio. Na sua implacável jornada, ele se depara com amigos, inimigos e situações inesperadas e desesperadoras. A Torre Negra se torna o sentido de sua vida. Sua obsessão.

Ao escolher este livro na biblioteca confiei mais na reputação do autor do que nos elementos que compunham a trama. Confesso que aventuras ancoradas em desertos com atiradores não me atraem. Contudo, permitindo-me uma observação fria e não-tendenciosa, notei que havia ali vários ingredientes para uma leitura, se não agradável, interessante. Stephen King nos aborda com uma introdução onde explica mais sobre a série. Confesso que fiquei bastante interessado pelo fato de ter levado quase 50 anos para a conclusão da saga. A introdução instigou-me a ler o livro. Trouxe-o para casa.

Durante grande parte da narrativa, o autor nos apresenta uma escrita presunçosa, filosófica e monótona. Perder-se na história não leva menos do que um parágrafo e não é fácil interessar-se pelos personagens. Eles são tão misteriosos e maçantes quanto o mundo em que vivem. Sendo o primeiro livro de uma série, notei que esta é uma obra que King fez, inconscientemente ou não, para si mesmo no auge de seus 19 anos. À época, ele estava impregnado de O Senhor dos Anéis, obra que foi a base e inspiração para a criação de sua própria aventura. Presumo que, conseguintemente, ele tenha voltado o foco da história mais para os leitores e menos para si, o que definitivamente é algo positivo.

Há raras partes em que alguma ação de fato ocorre. Roland cai em armadilhas deixadas ao longo do caminho pelo homem de preto. É quando ele tem que ser rápido e não vacilar no manejo das pistolas. Fica-se claro que ele é um exímio pistoleiro, um dos melhores e um dos últimos que restam no extenso e vazio mundo paralelo. Há indícios de intersecção entre nosso mundo e o de Roland, o que pode ser um fator para fazer a trama se mover e se tornar interessante. Todavia, isso não passa de especulação de minha parte. Não interessei-me a ir em busca dos próximos livros, que ficam mais e mais grossos à medida que a série vai de encontro ao seu fim. Levando isso em consideração, atenho-me a criticar o pouco que sei dos livros como um todo.

E, como é de praxe, antes que eu entregue mais desse intrincado livro ou percorra parágrafos com teorias e críticas desnecessárias (e certamente negativas), finalizo a resenha de um dos livros que mais desgostei até o presente momento. Quase que contraditoriamente, recomendo que leiam o livro e tirem suas próprias conclusões, não se deixem influenciar pelo resenhista que vos escreve.

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R.E.M Live at The Olympia in Dublin

Gravadora: Warner Bros
Gênero: Rock Alternativo
Lançamento: 27 de Outubro de 2009
Produtor: Jacknife Lee

R.E.M, não estou me referindo ao estágio do sono, ainda que o nome da banda seja referência a isso . Em 1980 Michael Stipe, Peter Buck, Mike Mills e Bill Berry davam forma a banda que seria um dos maiores sucessos da década de 80. Como a maioria das bandas eles começaram tocando em bares, restaurantes e festas. Porém foi em 1982 que o R.E.M começou a ter uma boa aceitação com o EP “Chronic Town” e apenas um ano depois o primeiro álbum deles, “Murmur”, foi eleito Álbum do Ano. Essa história pode não lhe ser familiar, mas a música “Losing My Religion” de alguma forma você já ouviu falar.  Além de ser parte do álbum de maior sucesso da banda, ainda faturou dois Grammy Awards.

Apesar de ser uma banda de grandes hits o seu último lançamento não trás seus sucessos.  “R.E.M Live at the Olympia in Dublin” é o CD duplo que acompanha o DVD “This is Not a Show “ (não disponível no Brasil). O CD contém ensaios gravados durante cinco noites em Dublin diante de grandes platéias. Porém o diferencial não é o fato de ser uma gravação de ensaios, mas que a grande maioria das músicas apresentadas são aquelas não tão famosas da banda sem contar as que ainda estavam sendo desenvolvidas pro próximo álbum, “Accelerate”, que na época ainda não havia sido lançado.

Ao mesmo tempo em que o diferencial do CD é o fato de se ter versões ao vivo de músicas não tão freqüentes nos shows, isso acaba se tornando um fator negativo.  Você passa o tempo todo esperando por aquele grande momento onde a banda apresenta seus grandes sucessos e o público vibra cantando junto, mas esse momento não chega. Eu curti o álbum por que já gostava do R.E.M não importando que tipo de músicas eles estão tocando, mas pra quem não é fã se decepciona um pouco.

Quando eu ganhei o CD fiquei super animada, afinal é o R.E.M não teria como eu não gostar, de fato eu gostei mas faltou o algo a mais que nós geralmente procuramos. Quando você chega ao fim do álbum você se pergunta cadê “Shinny Happy People”, “Man On The Moon”, ”Imitation Of Life” e principalmente “Losing My Religion”? Aquelas que são o abre alas deles.

Entretanto é inegável o quanto difícil é para uma banda lançar um álbum de não inéditas e ainda por cima composto em grande parte pelas músicas mais excluídas, digamos assim, da sua longa carreira e conseguir mostrar quem eles são. Não é pra qualquer um e sem dúvida o R.E.M tem potencial pra isso.

Por mais que eu adore o R.E.M e me empolgue com todos os trabalhos deles eu tenho que dizer que se você não conhece a banda direito o “Live at the Olympia in Dublin” não é uma boa pedida. O CD deixa a desejar e não mostra o que eles têm de melhor. Porem se você quer conhecer eles de verdade nada como ouvir “Out Of Time” e “Automatic For The People”.

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The Killers – Live From The Royal Albert Hall

O primeiro registro em DVD e Blu-Ray de uma apresentação ao vivo da banda norte americana The Killers chegou às lojas brasileiras no início do mês de dezembro, acompanhado por um CD, também ao vivo.

A banda, criada em 2003 em Las Vegas, ficou conhecida mundialmente em 2004, quando o sucesso Somebody Told Me foi uma das músicas mais executadas naquele ano.

O show, gravado nos dias 5 e 6 de julho de 2009, na lendária casa de shows londrina Royal Albert Hall, apresenta um repertório semelhante ao que a banda tocou no show feito em sua última passagem pelo Brasil, em novembro de 2009.

A apresentação conta com 26 músicas dos três álbuns da banda, e contou com seus maiores sucesso: Mr. Brightside, Smile Like You Mean It, Bones e Spaceman.

Talvez o grande diferencial desse show seja a proximidade entre banda e público, fazendo desse um show mais . O palco é pequeno, assim como a casa de show escolhida para gravação. Em alguns momentos da performance, o enérgico vocalista Brandon Flowers chega a cantar em meio aos fãs, tamanha proximidade do público com os artistas.

O DVD traz como extra um pequeno e intimista documentário, com depoimentos de fãs, da equipe da banda e dos próprios integrantes acerca da gravação desse show. Cinco apresentações da banda em festivais musicais e um pequeno vídeo mostrando a visão que os fãs têm do show também estão presentes como bônus.

Abaixo, o vídeo da música Human, que inicia o show:

http://www.youtube.com/watch?v=ZW5in7A-dmM&feature=related

Pra quem é fã ou pra quem deseja conhecer melhor o trabalho do The Killers, o DVD é um prato cheio, com uma performance arrebatadora da banda.

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Harry Potter – Ultimate Editions

Na minha opinião, para os fãs da série, esse foi o lançamento do ano. Quem entende do assunto, sabe que a experiência em ver um filme em Blu-ray é altamente satisfatória. A qualidade de som e de imagem são estupendos, fazendo os filmes se tornarem ainda mais prazerosos de serem vistos. Não seria diferente com os filmes de Harry Potter. Claro que todos os filmes já existem em Blu-ray a mais tempo, porém, faltava um lançamento a altura da série. Foi aí que surgiram as Ultimate Editions. Elas nada mais são do que os filmes em duas versões: Original e estendida com, as já conhecidas, cenas deletadas. Além do filme, tembém temos um enorme documentário que será dividido em oito partes, sendo que cada parte virá em uma edição das Ultimate Editions.

Bom, não tenho o que comentar dos filmes. A Pedra Filosofal e A Câmara Secreta não são os filmes preferidos da maioria dos fãs, que dizem serem filmes lentos e infantis demais. Tudo bem, A Pedra Filosofal realmente tem um alto tom de filme infantil, porém A Câmara Secreta é, na minha opinião, uma das melhores adaptações da série. O clima criado para o filme ficou muito bom! Adoro o mistério, o suspense que paira Hogwarts. Apesar de não ser o meu livro favorito, acho esse filme uma adaptação altamente satisfatória. Sem falar que acho que Chris Columbus conseguiu fazer, tanto no primeiro, quanto no segundo, Hogwarts do jeito que eu imaginei ser, comportada, mágica, como é mostrada noos filmes, e não aquela Hogwarts rebelde, selvagem e adolescente que Cuáron bruscamente transformou em O Prisioneiro de Azkaban. Mas não falemos das adaptações. Eu falo do terceiro filme quando a sua respectiva Ultimate Edition for lançada.

Se você comparar as edições americanas com as brasileiras, vai notar a grande diferença entre as duas. A primeira tem um tratamento de primeira, com embalagem de alta qualidade, impressão muito boa, e incrivelmente linda. A brasileira, apesar de também ser bonita, está com um material inferior e não possui a mesma beleza. O conteúdo é o mesmo, porém, a apresentação mudou. Sem falar que no Brasil as edições não foram lançadas em Blu-ray, apenas em DVD, o que foi uma baita falha, já que o Blu-ray a cada dia que passa, garante cada vez mais espaço no mercado.

Os filmes estão em ótima qualidade, com som impecável e imagem perfeita. O disco do documentário possui, além do documentário, trailers e TV spots, que eu particularmente adoro ver, e alguns Screentests. É um material bem interessante. Já os outros extras, para a minha surpresa, não vêm em blu-ray. O terceiro disco é na verdade o DVD duplo das edições já lançadas anteriormente aqui no Brasil, com nenhum extra a mais. Achei que deviam ter pelo menos transferido para o blu-ray! Mas tudo bem, continua tudo muito lindo!

Para terminar, eu fiz um vídeo mostrando as edições para vocês com todos os detalhes e explicando algumas coisas também. Lembrando que só A Câmara Secreta tem áudio e legenda em português viu? Se alguém quiser comprar a versão americana do primeiro filme, vai ter de se virar ou com o inglês ou com o espanhol, infelizmente.

Espero que tenham gostado do vídeo. Acho que muitos fãs estavam curiosos para ver essas edições. Quando as outras forem lançadas eu faço outros vídeos para mostrar a vocês também! :-)

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Potter Heaven

Campanha: Premiere RdM no Brasil.

Alguns fãs do Brasil iniciaram uma campanha para trazer os atores aqui em uma premiere. O perfil na rede social twitter, @PremiereRdMBR , foi criado para ajudar na divulgação, que pode ser conferido aqui.

Ainda há uma petição que pode ser assinada aqui.

Contamos com a sua colaboração.

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Um novo Holmes

Diretor: Guy Ritchie
Duração: 128 min
Elenco: Robert Downey Jr, Jude Law, Rachel McAdams, Mark Strong
Gênero: Ação/Aventura
País: EUA
Roteiro: Michael Robert Johnson, Anthony Peckham

Não querendo usar o mesmo tema da minha colega Luciana, mas ao mesmo tempo incontida pelo furor de ter acabado de sair do cinema eu resolvi escrever também sobre o novo Sherlock Holmes. Principalmente por que o filme ainda ta fresco na minha mente.

A certeza que fica é que Guy Ritchie acertou errando. Apesar de eu não ser fã do detetive nem ter lido os livros (talvez eu nem seja a pessoa certa pra escrever sobre o filme) eu sei que ele não faz o tipo interpretado, de forma brilhante, por Robert Downey Jr. Ao repaginar o personagem, o diretor concedeu um lado irônico, jovial e mais atlético digamos assim a Holmes. Porém manteve o mesmo brilhantismo na forma de deduzir seus casos, trazendo momentos em que você chega a se perguntar se esse brilhantismo não é fantasioso demais.

Quanto a John Watson segue a mesma linha de Holmes usando muito mais sua força nos raros momentos em que seu parceiro parece voltar aos “velhos hábitos”. Não sei se pelo fato de eu não ter lido os livros e ter apenas na cabeça o bordão “elementar meu caro Watson”, eu imaginava o doutor jovem mesmo e como um eterno aprendiz de Holmes e é essa a imagem que Jude Law aparenta inicialmente. No entanto com o decorrer do filme você acaba se deparando com Watson aconselhando e até mesmo dando sermões em Holmes.

Agora vem a parte que eu vou apanhar dos fãs. Quando vi no elenco Rachel McAdams para o papel de antigo affair do detetive eu gostei bastante (confesso que muitas vezes um filme me atrai pelo elenco). Já Kelly Reilly (Mary Morstan) eu não tinha muito o que esperar, ao final do filme eu achei que a única química que rolou foi entre Sherlock e Watson. Tiveram certos momentos que eu acreditei que a noiva do doutor podia ter algo haver com a trama e terminei o filme ainda me perguntando o que o Watson viu na Mary?

Ainda na questão das mudanças no comportamento original do detetive ouvi muitas pessoas criticarem o filme, até mesmo algumas que se recusam a assisti-lo. Porém a adaptação caiu bem nos atores e pro filme em geral que arranca grandes risadas com as tiradas de Robert Downey Jr nas quais mereceram o Globo de Ouro que ele recebeu recentemente. È inegável também a ótima atuação de Mark Strong como Lorde Blackwood.

Quanto à trama por trás da história eu diria que ela é digna de Sherlock Holmes, muito bem amarrada e muito bem contada.

Na falta de motivos suficientes pra você assistir o filme ainda podemos acrescenta trilha sonora. Mais uma vez Hans Zimmer demonstrou seu talento com belas composições que caíram perfeitamente para o clima do filme.

Então, por mais que você esteja revoltado com as mudanças no Sherlock Holmes ou se você acha um crime o personagem de Sir Arthur Conan Doyle curtir boxe, o filme mesmo assim vale à pena, tente encarar como outro detetive que você vai acabar se divertindo. Agora caso você nem conheça a série (acho difícil) vai curtir ainda mais.

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UP – Altas Aventuras

Título Original: Up
País de Origem: EUA
Ano de Produção: 2009
Duração: 96 min
Gênero: Aventura / Animação
Direção: Pete Docter, Bob Peterson
Roteiro: Pete Docter, Bob Peterson, Thomas McCarthy
Elenco: Edward Asner, Christopher Plummer, Jordan Nagai, Bob Peterson, Delroy Lindo, John Ratzenberger

Primeiramente posso dizer que por ser um filme Pixar, não esperava nada menos do que esse filme foi… Quando uma amiga minha perguntou que filme era esse antes de nós entrarmos no cinema, eu disse:

– É da Pixar…

Aí ela disse:

– Sim! Mas que filme é esse?

E eu respondi:

É DA PIXAR! Preciso dizer algo mais que isso?

E é exatamente isso que acontece. Os filmes da Pixar são os únicos filmes que vou para o cinema com a certeza de que vou sair satisfeito. Seus criadores, na minha humilde opinião, são os mais geniais do cinema moderno, pois a cada filme que eles fazem, eles se superam e criam coisas cada vez mais novas e inusitadas. E o inusitado está o tempo todo presente nesse filme, dirigido por Pete Docter e Bob Peterson (Os mesmos diretores de Monstros S.A.).

Se visualmente falando os críticos do mundo todo estavam esnobando da Pixar por criar um protagonista velho e ranzinza, dizendo que não venderia nem atrairia público, eles conseguiram transformar esse velho ranzinza em um dos personagens mais bonitos, simpáticos, tocantes e marcantes da história dos 10 filmes da empresa. Sua história é muito triste e ao mesmo tempo bela. Não há como explicar o que eu senti nos primeiros minutos do filme, quando é contada toda a história de vida de Carl Fredricksen (o tal velinho) sem nenhuma fala. Não porque não tinha o que falar, mas por não ter necessidade disso! As imagens pareciam ter fala, e foi genial como conseguiram contar a vida de uma pessoa de uma forma tão simples e ao mesmo tempo impactante. Não tinha dado nem 10 minutos de filme e já estava me sentindo triste por Carl. Pois enfim, a trama se desenvolve e somos apresentados à Russel, pequeno desbravador da natureza com apenas 8 anos que resolve ajudar Carl de alguma forma para conseguir um broche de ajuda ao idoso. Se a primeira imagem que você tem de Russel é que ele é apenas a criança engraçada e irritante da história, mais tarde também nos surpreendemos ao ver que até Russel tem mágoas e tristeza em sua vida. Mas voltando ao início, para fugir da obrigação de ir para um asilo, Carl faz sua casa voar atráves de balões de hélio, mas acaba levando Russel junto. O destino? América do Sul! Rumo ao Paraíso das Cachoeiras, uma terra perdida no tempo. A viagem dos sonhos dele e da falecida mulher, Ellie representada o filme todo pela casa em si. Carl em vários momentos conversa com a casa como se a esposa estivesse realmente presente. Pois enfim, a partir do momento que a viagem inicia, a trama começa a se desenvolver e só assistindo para ver o desfecho…

Quanto à comédia, é brilhantemente mesclada com o forte tom de drama da história na figura, não só de Russel, mas de Doug, o cachorro falante (ESQUILO!) e de Kevin, uma ave desconhecida que Russel encontra, acaba adotando e que ganha, no meio do filme, um papel muito importante na trama. A ação é constante durante toda a viagem até a America do Sul, e, nos cinemas, essa ação ainda tinha como atrativo o 3D que, apesar de não apresentar muitos objetos saltando para fora da tela, proporcionava uma enorme sensação de profundidade. Nas cenas em que personagens ficam pendurados a muitos metros de altura, tinhamos a sensação de que nós podíamos cair a qualquer momento junto com eles. Claro que, em DVD a diversão não é menor. Mas quem sabe em breve, com essas novas TV’s 3D nós não poderemos ver o filme nesse formato no conforto de casa? É uma grande possibilidade!

Quanto à mensagem do filme. Na minha opinião foi umas das mais bonitas até agora entre todos os filmes da Pixar, empatando principalmente com Procurando Nemo que também me marcou muito. Mas acho que o lado dramático da história ajuda a fazer a mensagem desse filme muito mais profunda do que o amor de um pai com um filho, pois o filme fala da vida, de sonhos, de frustrações, de amor, de amizade, de família. Coisas que, creio eu, estão presentes na vida de todos, principalmene na minha. Não foi surpresa quando eu me vi chorando como um bebê na cena em que Carl abre o álbum/diário da mulher e revê toda a sua vida. Me fez olhar a minha vida com outros olhos… E no final, mais uma vez chorei ao ver a amizade de avô e neto que Carl desenvolve com Russel, e que me emocionou muito. Essa foi a primeira vez que chorei em um filme Pixar!

Há coisas que não precisam ser ditas. E esse filme é a prova disso. A profundidade da mensagem da trama vai além do que é mostrado no filme. Qualquer pessoa consegue se identificar com os personagens e realmente acho esse o maior trunfo da Pixar. Todos os seus filmes são para nos passar algo de bom, de positivo, de bonito. Se você ainda não viu esse filme, eu ordeno (sim, isso é uma ordem) que você levante agora de onde quer que esteja sentado e vá procurar o DVD na loja ou locadora mais próxima, já que ele já saiu do cinema. Quando vi no cinema, fiquei alguns dias eufórico com tudo que UP trouxe pra mim em termos de emoção e deslumbramento quanto à qualidade da animação. Mesmo depois de ver várias vezes em casa, ainda me sinto como se estivesse vendo pela primeira vez. E fica a pergunta: Como é possível que a Pixar se supere mais uma vez agora? Esse ano chega Toy Story 3 aos cinemas, e depois Carros 2. Vai demorar um pouco para que tenhamos mais um filme com personagens e tramas novas, mas com certeza, essas continuações serão ainda melhores que os primeiros. Afinal, estamos falando da Pixar, dos seus gênios e de seu irresitível poder de atrair qualquer um para mundos onde aventuras, como UP, se tornam muito mais que aventuras…

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Jessie Cave

Jessie Cave fala sobre seu papel em Harry Potter

Em entrevista à Scholastic, a atriz Jessie Cave, intérprete da personagem Lilá Brown, comenta sobre o seu papel em Harry Potter e o Enigma do Príncipe , sobre sua adaptação aos estúdios Leavesden e também sobre sua amizade com Emma Watson. Havia uma nova foto de Rony e Lilá no filme junto ao artigo. Veja:

Confira a entrevista a seguir.

Quando você estava lendo os livros de Harry Potter, você se via como a personagem?
De jeito nenhum, ao contrário. Quer dizer, eu li O Enigma do Príncipe na verdade, estranhamente, talvez uns seis meses antes de receber a ligação pra um teste. E quando eu li o livro pela primeira vez, eu nem gostava da Lilá, achava ela muito irritante. Então quando li de novo, me imaginando no personagem, foi muito diferente. De repente percebi que na verdade ela só tem essa queda enorme por um garoto. E ela tem seu coração partido também. Então criei uma empatia por ela, ao invés de não gostar dela.

Ela é provavelmene um dos personagens de que os fãs realmente não gostam. Qual é a reação deles com você?
Eu recebi um monte de cartas realmente meigas amando a Lilá e dizendo que Rony e Lilá deviam ficar juntos para sempre e coisas assim. Eu não sei. Acho que ela é uma fonte de humor no filme. Não é uma caricature, mas fica bem perto disso, e acho que a resposta a ela é engraçada.

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Mau Começo

Subtítulo: Desventuras em Série (vol. 1)
Autor: Lemony Snicket
Tradutor: Carlos Sussekind
Ano: 2001
Editora: Companhia das Letras
Nº. de páginas: 148

Esta é uma resenha muito desagradável, pois vai tratar de um livro muito desprezível.

Para todos aqueles que acompanharam a série, ou leram algum dos treze livros dela, os adjetivos negativos e os infortúnios que afloram as páginas de Desventuras em Série não são novidades. Talvez a princípio, mas cedo ou tarde nos acostumamos com a má sorte que insiste em pairar sobre a cabeça dos irmãos Violet, Klaus e Sunny Baudelaire. Os três passam por maus bocados e entram em becos aparentemente sem saída enquanto o vilão, o temível Conde Olaf, mexe suas cordinhas e faz de tudo para tornar a vida deles um inferno.

Violet é a mais velha dos três com 14 anos; ela tem um talento nato para criar as mais diversas invenções. Quando ela amarra seu cabelo com uma fita para mantê-lo fora dos olhos seu cérebro funciona como engrenagens trabalhando em perfeita ordem. Klaus é o irmão do meio e tem 11 anos; o que ele mais gosta de fazer é ler. Já leu grande parte do acervo da imensa biblioteca da Mansão Baudelaire. Por fim, vem Sunny, que é apenas um bebê; seu passatempo favorito é morder coisas resistentes com seus quatro dentes afiados. Ela se comunica na língua dos bebês e, para que outras pessoas possam entendê-la, é necessário ter um dos seus irmãos por perto para traduzir. Esse é o perfil das personagens principais. Os talentos de cada um funcionam como um deux ex machina naquelas situações onde tudo parece estar perdido.

As desventuras dos irmãos Baudelaire começam com um incêndio que destrói sua mansão e leva a vida de seus pais. Um banqueiro e amigo da família chega para dar as más notícias para eles, que estavam numa praia na hora do incidente. Como crianças normais, os três ficam abalados e chegam até a pensar que tudo não passa de uma brincadeira de mau gosto. Infelizmente, Violet, Klaus e Sunny ficam órfãos e tornam-se herdeiros da grande fortuna deixada por seus pais. O banqueiro é responsável por tomar conta dessa fortuna até que Violet atinja a maioridade e possa administrar por conta própria o dinheiro, entretanto, os órfãos terão que morar com um tio distante no meio tempo. E é nesse momento que as vidas deles começam a ficar mais desagradáveis.

Conde Olaf é um homem alto e magro e de uma sobrancelha só. Ele é líder de uma trupe de artistas que representam peças de teatro. Ele vive numa casa fantasmagórica e repugnante: o novo lar dos irmãos Baudelaire. Olaf trabalha com afinco em prol da permanência da infelicidade na vida dos órfãos, além de criar planos malévolos para se apossar da fortuna. Acho que já falei demais da história, não?

Visivelmente, Desventuras em Série é destinada ao público infantil. O autor usa uma linguagem simples e engraçada para desenvolver suas histórias; em alguns pontos ele emprega palavras e expressões não tão corriqueiras, mas, logo em seguida, descreve seus significados. É uma forma interessante de se aumentar o vocabulário do leitor sem que este tenha que recorrer ao dicionário. E convenhamos que crianças não costumam ser fãs de dicionários, a não ser que a criança em questão seja Klaus Baudelaire. As ilustrações geralmente vêm nos começos dos capítulos e dão uma pista do que pode acontecer dali até o começo do próximo capítulo. São ilustrações interessantes e muito bem trabalhadas.

Não é por ser voltado para o público infantil que os adultos deixariam de ler essa série tão desagradável. O que quero ressaltar neste parágrafo é a ignorância que existe na mente de alguns pais que chegam a proibir seus filhos de ler os livros de Desventuras em Série. As crianças são maltratadas na história e o vilão é implacável e não tem dó das três crianças indefesas que ele trata com tanto escárnio. Além disso, a maioria dos adultos na história é representada como pessoas más ou pessoas boas e totalmente manipuláveis. Esse é o teor da história: infortúnio na vida de três crianças órfãs. O autor interage com o leitor em diversas páginas declarando que, todo aquele que não gosta de história com finais tristes e trágicos deveria fechar o livro e ler um conto de fadas. E o mais engraçado é que é verdade. Entretanto, pode-se ver Desventuras em Série como uma história interessante, cheia de mistérios e bem educativa. Os pais deveriam saber educar seus filhos e guiá-los enquanto leem os livros da série. As crianças são espertas e sabem diferenciar o certo do errado até melhor do que muitos adultos. Desventuras em Série reforça esse ponto essencial que deve fazer parte da personalidade das pessoas ao mostrar que, mesmo cercados por gente má ou que não vá ajudá-los, os irmãos não se deixam influenciar e não se vingam. Elas não se tornam vis e estão sempre trabalhando em equipe, reforçando o espírito de união familiar apesar das complicações. São esses os pontos que muitos pais não vêm ou não querem ver.

Por mais que os órfãos Baudelaire sofram, é possível passar bons (porém, breves) momentos com eles e acompanhá-los nas várias situações difíceis onde eles devem unir forças e conhecimentos para derrotar os planos de Olaf. Os irmãos são inteligentes e muito educados e buscam, apenas, um final feliz. Mau Começo acaba sendo um bom começo para essa série tão perspicaz. Alguns dos livros posteriores são ligeiramente maçantes e repetitivos quanto ao desenrolar da história, como se eles fossem seguir determinado padrão até o fim. Porém, como numa súbita guinada, mistérios surgem e tudo vai ficando mais e mais interessante. Situada num universo muito parecido com a Inglaterra dos anos 30, essa história é encantadora e, sinto dizer… muito, muito, muito desagradável.

Yahoo! libera prévia de Relíquias da Morte

Recentemente, o Yahoo! Movies fez uma visita aos sets de filmagens de Harry Potter e as Relíquias da Morte na Inglaterra e divulgou uma prévia exclusiva, falando sobre o que está acontecendo nas gravações da primeira parte, além das entrevistas com Daniel Radcliffe e Emma Watson.

Ele ainda diz que haverá um segundo e mais detalhado set report, a ser divulgado perto do lançamento da primeira parte do filme.

Daniel disse que as pessoas podem demorar a se aostumar com o filme:

“A principal questão é que não estamos em Hogwarts. Isso faz uma grande diferença. Dá ao filme um ar diferente e pode fazer com que as pessoas demorem a se acostumar. É um filme se estrada e a ação está extraordinária.”

Ele ainda comentou sobre como Harry estará um pouco diferente nesse filme:

“Harry age como um Imperador Romano nos seus últimos dias de reinado. Ele fica completamente paranóico em relação ao que Rony e Hermione estão dizendo sobre ele, e acha que eles estão duvidando de sua liderança. Mas enquanto ele se pergunta sobre isso, ele mesmo duvida dela, pois ainda não tem nenhum plano. Harry começa a se sentir inútil.”

Emma disse que adorou as filmagens fora do estúdio:

“Foi bom estar fora do estúdio, na floresta…correndo. Foi muito divertido sair para fazer alguma ação material, porque é como um filme emocional e pesado. As cenas são muito divertidas. Não estar em Hogwarts torna tudo realmente diferente. Ele (o filme) só dá ao público uma experiência bem diferente, e estou animada para vê-lo.”

Ela também comentou sobre como o trio estará um pouco diferente dos outros filmes:

“Esse filme é um desafio em todos os sentidos – fisicamente e emocionalmente. Eles (o trio) estão longe de casa, isolados, sem nenhuma notícia. Não sabem o que estão fazendo direito. Estão buscando fragmentos. E Dumbledore mal deixou tudo que eles deveriam saber para seguir em frente.”

Não se esqueçam: a primeira parte estreará dia 19 de novembro desse ano, e a segunda, no dia 15 de julho de 2011.