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O Símbolo Perdido

Autor: Dan Brown
Tradutora: Fernanda Abreu
Ano: 2009
Editora: Sextante
Nº. de páginas: 496

O mais recente livro de Dan Brown, O Símbolo Perdido, já é um sucesso de vendas, como era de se esperar. O autor traz em seu currículo literário obras populares e polêmicas como Anjos & Demônios (2000) e O Código Da Vinci (2003). Não tendo publicado nada desde 2003, esse novo livro vem sendo ansiosamente aguardado e se revela um prato cheio principalmente para os fãs do autor.

Nessa nova trama, o famoso simbologista de Harvard, Robert Langdon, nos é apresentado mais uma vez. O professor é convocado às pressas pelo suposto secretário de seu amigo e mentor, Peter Solomon, para dar uma palestra no Capitólio dos Estados Unidos. Ao chegar lá, Langdon nota, para sua surpresa, que não havia palestra alguma e no decorrer de algumas páginas sabemos que ele fora enganado e que se encontra num beco sem saída: Solomon está desaparecido e em perigo e Mal’akh, seu sequestrador, exige a ajuda de Robert para localizar um símbolo perdido em troca da vida do amigo.

Segundo Mal’akh, os maçônicos pais fundadores da capital americana esconderam um tesouro na cidade que daria poderes sobre-humanos a quem o encontrasse. E esse é o ponto de partida para essa eletrizante narrativa que se desenrola com maestria. Katherine, irmã de Peter, é a nova ajudante de Robert; Mal’akh é um vilão tão horripilante quanto seus antecedentes; a CIA se envolve nessa questão de “segurança nacional”. Os mistérios são intermináveis.

Ao contrário de suas obras anteriores, Brown ambienta essa nova aventura nos Estados Unidos e não na Europa. Contudo, ele não falha em mostrar os pontos turísticos e mais importantes de Washington à medida que Langdon vai decifrando símbolos e códigos ocultos que estão espalhados pela cidade.

Ao ler O Símbolo Perdido, podemos sentir uma espécie de déjà-vu, aliás, os elementos fundamentais da trama são basicamente os mesmos: Langdon cai numa armadilha, moça bonita o ajuda a decifrar códigos ocultos e o vilão é implacável. O tempo é sempre muito curto, há perseguições, há situações de tirar o fôlego e momentos de incríveis revelações.

Dan Brown utiliza essa fórmula mágica para prender a atenção do leitor. E isso acontece. Por mais que nos sintamos num lugar-comum, o livro nos impulsiona para chegar até o fim e descobrir o que é e onde está o símbolo perdido.

Ao tratar de assuntos como a Francomaçonaria e a ciência noética, o autor se mostra muito mais moderado ao criar polêmicas. Ele visa muito mais a esclarecer pontos mal interpretados com relação àquela irmandade e nos informar mais a respeito da supracitada ciência. A Igreja, como não poderia deixar de faltar, desponta na história, porém, ela não é a personagem principal desta vez.

O Símbolo Perdido pode ser considerado uma equação matemática daquelas que aprendemos a resolver no ensino médio: ao olhá-la pela primeira vez, a achamos estranha, mas vamos nos familiarizando e começando a resolvê-la. A animação cresce ao perceber que tudo está indo bem, as coisas vão se encaixando e, no final, o resultado é zero. Resolvemos a equação, ela está certa, mas você esperava qualquer resultado menos zero. Não é uma decepção, mas o fim não era aquilo que você esperava.

Assim, O Símbolo Perdido não falha ao instigar ao leitor, ao lhe testar a mente frente aos códigos que são apresentados. Há reviravoltas na história que nos pegam desprevenidos. Contudo, ele promete mais do que pode cumprir. Dan Brown escreveu uma história que, afora alguns pontos que se citados aqui seriam spoilers, é ótima em diversos aspectos. Vale a pena.

8 respostas em “O Símbolo Perdido”

Ahh fiquei com mais vontade de ler agora, e quanto ao final ja é de se esperar o “0” no final, ja que estamos falndo de Dan Brown, mas gosto dos livros dele!

Sério mesmo? Não leio mais NENHUM livro do Brown, isso tipo, na vida.

Não é um lugar-comum só para as histórias do Langdon: o primeiro livro que eu li dele foi Fortaleza Digital (Fortaleza digital, aliás, é o melhor dos livros dele, o que me faz pensar que talvez, se ele largasse do Langdon… mas nah.), fora do mundo do professor lá, e já senti que era o mesmo livro quando fui dele para O Código Da Vinci.

Anjos e Demônios só comprovou: Brown não cria mais nada, apenas reedita seus próprios livros; e se é pra ficar empolgada sempre com a mesma história, prefiro ficar apenas relendo Anjos e Demônios, o único que eu tenho aqui em casa.

Isso sem contar que Robert Langdon é provavelmente o protagonista mais sem graça desde Shrek, ou do Harry, com a diferença que ambos tem atrativos no [i]enredo[/i] que nos mantem com eles.

É quando eu li a orelha do livro imaginei exatamente algo assim… talvez depois de eu ler os milhões de livros que estão na fila pra eu ler eu leia esse… na verdade eu só li do Dan Brown o anjos e demônios e o mais engraçado é que eu li na época do filme do Código DaVinci e acabou que depois eu não li esse …
mas eu gosto do Langdon… mas sinceramente Aretha eu acho que todo protagonista é sem graça! os melhores personagens são os coadjuvantes ou os vilões!
adorei o texto!

Todos os livros do Dan Brown são perfeitos e lendo essa resenha me deu mais vontade ainda de poder ler esse novo livroo.O cara sabe escrever, não importa o que digam ele sim sabe o que é escrever.

Amigo ta de parabééns pela resenhaa, sempre fazendo tudoo maravilhosamentee bem ;D

O único livro dele que li foi fortaleza digital. Parece que os livros seguem mesmo a mesma linha, e fiquei com vontade de ler o símbolo perdido agora xP A resenha ficou ótima! =D

Muito bom,me deu vontade de ler também,já vai pra minha lista de livros pra ler esse ano \o

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